Tradicionalmente, depois da realização das lutas, os vencedores são entrevistados seja em cima do ‘cage’ ou nas coletivas de imprensa. No entanto, se depender de Alessio Di Chirico o ritual será alterado. O italiano encerrou a sequência de três derrotas ao nocautear Joaquin Buckley, sensação do UFC, no primeiro round, na edição ‘Fight Island 7’, atração que aconteceu no sábado (16), em Abu Dhabi (EAU), e criticou a organização e a imprensa por darem espaço apenas para um lado da história.
Em conversa com os jornalistas pós-evento, Di Chirico lamentou o fato de apenas o vencedor das lutas ter destaque. Bastante sério, o italiano ilustrou seu posicionamento ao citar que é necessário dois atletas para a execução dos combates, sendo assim, não faz sentido ignorar o derrotado. Apesar da importante vitória que conquistou, ‘Manzo’, como o profissional é conhecido, surpreendeu ao se retirar da coletiva em forma de protesto.
“Foi uma boa luta. Pessoal, me desculpa, mas prometi a mim mesmo que não daria essa entrevista. Não gosto que entrevistem apenas o vencedor neste jogo. O esporte é feito por duas pessoas sempre, o vencedor e o perdedor. Então, não gosto disso. Me desculpem, eu respeito o trabalho de vocês, mas quero mandar essa mensagem. Obrigado”, declarou Di Chirico.
A vitória de Alessio Di Chirico, de 31 anos, no UFC Fight Island 7 lhe rendeu um dos bônus de ‘performance da noite’ e correspondeu a um sopro de esperança em sua trajetória na organização. Anteriormente, o lutador foi derrotado por Kevin Holland, Makhmud Muradov, Zak Cummings e um novo revés poderia ter como consequência um possível corte da companhia. O surpreendente triunfo do peso-médio (84 kg) sobre Joaquin Buckley foi o mais importante de sua carreira.