No universo do MMA, os apelidos dos lutadores são de grande importância e até mesmo servem para compor, de certa forma, um personagem e ajudar na promoção do próprio competidor. Peso-leve (70 kg) do Ultimate, Bobby Green pretende levar esta premissa para um outro nível. Com a alcunha de ‘King’ há anos dentro do octógono, o americano pretende adotar de vez o ‘termo real’ e mudar legalmente seu nome para apenas ‘rei’ (em tradução literal).
A novidade foi anunciada pelo próprio lutador nesta semana, durante o ‘media day’ do UFC Vegas 71. O atleta da ‘Pinnacle MMA’ até brincou com os membros da imprensa que cogitaram uma possível aposentadoria ao destacar que é apenas o fim da ‘era Bobby Green’. Apesar do apelido ousado, que pode vir a se tornar seu nome no futuro, o peso-leve americano garante que o propósito da troca é nobre e se relaciona com sua própria história de vida.
“As pessoas achavam que eu iria me aposentar, mas não. Vou aposentar o Bobby Green. Estava tentando fazer algo diferente, me reinventar. Por que não? Acordei hoje e tipo: ‘Já fiz de tudo, por que não mudar meu nome?’. F***. Vamos fazer algo diferente. Sou totalmente diferente de todos os caras do plantel. Se todos vão para a esquerda, vou para a direita, e vice-versa. O objetivo é mostrar às pessoas que vim de um orfanato. Não tive mãe nem pai, morei em 50 lares diferentes. Fui sem-teto, dormia em sofás. Quero mostrar que você pode ser um camponês e se tornar um rei. Não quero ser arrogante, não sou ‘o rei’, sou um rei. Construí essa p*** com trabalho duro”, declarou Green.
Para voltar aos trilhos
Neste sábado (22), Bobby Green enfrenta Jared Gordon no card principal do UFC Vegas 71 com uma situação incômoda de duas derrotas consecutivas – contra Islam Makhachev e Drew Dober. A fim de voltar à coluna das vitórias, o americano de 36 anos aposta em sua tradicional agressividade no octógono para derrotar seu rival, que também vem de revés – contestável, diante do astro inglês Paddy Pimblett, em dezembro de 2022.