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McGregor revela que lutou machucado contra Poirier e que o UFC sabia da lesão

Aos poucos, o mistério sobre o inusitado término da luta entre Conor McGregor e Dustin Poirier no UFC 264 se esclarece. No show que aconteceu no último sábado (10), em Las Vegas (EUA), o astro irlandês foi nocauteado por ‘The Diamond’ no primeiro round, mas a lesão no tornozelo sofrida pelo mesmo ganhou mais destaque do que o resultado do duelo. Inclusive, na última quinta-feira (15), ‘Notorious’ utilizou suas redes sociais e informou que a fratura não ocorreu do nada.

No registro (clique aqui), McGregor revelou que se machucou no camp de treinamento para a decisiva luta contra Poirier e que sua equipe cogitou a possibilidade de cancelar a trilogia com o rival. Ciente de que seus haters possam encarar a declaração como uma espécie de desculpa para justificar a nova derrota para ‘The Diamond’, o ex-campeão do peso-pena (66 kg) e do peso-leve (70 kg) frisou que a alta cúpula do UFC sabia que sua condição física não era a adequada para a realização de um combate tão grandioso.

“Eu me machuquei indo para a luta. As pessoas estão me perguntando quando quebrei a perna, em que ponto a perna quebrou. Pergunte a Dana White, ao UFC, ao Dr. Davidson, o médico-chefe do UFC. Eles sabiam. Eu tive fraturas por estresse na minha perna ao entrar no octógono. Houve um debate, apontaram outra coisa, porque eu chutei o joelho algumas vezes. Tive múltiplas fraturas por estresse na canela, osso acima do tornozelo e depois tive problemas com o tornozelo de qualquer maneira ao longo dos anos, trabalhando o tempo todo. Eu também estava exigindo do tornozelo em cada sessão de treino”, explicou ‘Notorious’.

Como não se encontrava apto para realizar o camp adequado para encarar Poirier, McGregor teve que improvisar. De acordo com o ex-campeão do UFC, a desvantagem para o desenvolvimento da luta em pé lhe fez aperfeiçoar seu jogo de chão, por baixo do adversário.

E o resultado foi positivo, uma vez que ‘Notorious’ acertou bons golpes em ‘The Diamond’, mesmo em posição de desvantagem, e o obrigou a repensar seus ataques. Apesar do incômodo que causou no rival com cotoveladas e pedaladas, o irlandês reforçou a ideia de que adotou tal postura, porque não tinha como colocar sua principal estratégia em ação, ou seja, nocautear Poirier.

“Fiz muitas sessões de treinamento quando o tornozelo estava dolorido e não parava de treinar. Eu costumava treinar de costas para o chão e foi assim que desenvolvi os ataques naquela posição. É por isso que Dustin se afastou de mim quando estava em cima, quando eu acertava pedaladas e cotoveladas. É um lugar horrível para se estar quando você enfrenta alguém como eu. É preciso muito esforço para acertar os golpes na posição superior, enquanto perde energia e é agredido com pedaladas e cotoveladas violentas por baixo. Foi uma habilidade que desenvolvi, porque estava com a perna lesionada e tive que ajustar meu treinamento”, concluiu.

Mesmo em má fase, Conor McGregor, de 32 anos, é o principal nome do UFC. Dois anos após sua estreia na organização, o irlandês se transformou em um fenômeno do MMA e conquistou o cinturão do peso-pena (66 kg), em 2015, e do peso-leve (70 kg), em 2016.

Seus triunfos mais marcantes foram contra Chad Mendes, Donald Cerrone, Dustin Poirier, Eddie Alvarez, José Aldo, Max Holloway e Nate Diaz. Atualmente, o atleta ocupa a quinta posição no ranking dos leves e possui um cartel composto por 22 vitórias, sendo 20 pela via rápida e 19 delas por nocaute, e seis derrotas.

Jornalista formado, especializado em MMA. Também acompanho boxe, boxe sem luvas, boxe de celebridades e WWE.

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