A disputa para a vaga de próximo desafiante ao cinturão dos pesos-moscas (57 kg) está a todo vapor e repleta de postulantes. Ciente disso, Kai Kara-France faz campanha para ser agraciado com o ‘title shot’ na próxima rodada. De olho na concorrência de nomes como Henry Cejudo e Deiveson Figueiredo, o neozelandês cita o momento da categoria como um trunfo a seu favor no processo para se tornar o próximo da fila e medir forças com o campeão Alexandre Pantoja.
Em recente participação no programa ‘The Ariel Helwani Show’, Kai Kara-France descartou Cejudo e Deiveson por virem de derrotas e estarem atualmente inseridos na divisão dos galos (61 kg). Quarto colocado do ranking dos moscas, ‘Don’t Blink’, como é conhecido, também citou a listagem para justificar seu favoritismo à vaga. Dentre o atual top 5 da categoria, o neozelandês é o único que vem de vitória e que ainda não enfrentou Pantoja em um duelo dentro do UFC. Os dois já se enfrentaram no passado, mas em disputa válida pelo ‘The Ultimate Fighter’.
Números 1 e 2 do ranking, respectivamente, Brandon Royval e Brandon Moreno já foram superados por Pantoja em mais de uma oportunidade dentro do octógono mais famoso do mundo. Terceiro e quinto colocados, Amir Albazi e Tatsuro Taira, apesar de representarem um desafio inédito ao campeão brasileiro, vêm de derrota em suas últimas apresentações. Outro nome que poderia pleitear o posto de desafiante é Manel Kape, número 6 da divisão, que recentemente nocauteou Bruno Bulldog no UFC Tampa. Entretanto, o angolano teve seus planos frustrados por Dana White, que rejeitou seu pedido.
“Os rankings existem por uma razão. Se não o usarmos para resolver a divisão dos moscas, então os rankings não significam muito. Se vamos tirar caras da aposentadoria (para lutar), vi que o Henry Cejudo tem falado sobre isso, de voltar ao moscas. Ele não bate o peso (57 kg) há muito tempo e vem de derrotas. O mesmo se aplica para Deiveson Figueiredo, que vem de derrota para o Petr Yan e está lutando nos galos. Deixem os caras que realmente estão lutando nos moscas resolverem as coisas. Sei que tenho derrotas para alguns do top 5, mas o momento está ao meu favor. Sou o único que não lutou com o Pantoja, tirando o TUF. E não vejo outra luta fazendo sentido. Sei que o Pantoja tem falado sobre, dizendo que é a única luta que ele sente que faz sentido também e sei que o UFC adora história. Que melhor história que essa? Há oito anos lutamos no TUF e agora vamos fazer de novo”, justificou o neozelandês.
Aval do campeão
Para além da justificativa implementada pelo próprio para defender seu ponto de vista, Kai Kara-France conta com outro trunfo na corrida pela vaga de próximo desafiante ao título: o aval do campeão. Recentemente, após finalizar Kai Asakura na luta principal do UFC 310, Pantoja admitiu que, sem a chance de encarar Demetrious Johnson, aposentado, o confronto que “mais faz sentido” seria justamente contra o neozelandês. Quando mediram forças no TUF, em 2016, o atleta de Arraial do Cabo (RJ) levou a melhor na decisão unânime dos juízes.