Em 2015, Holly Holm chocou o mundo ao nocautear a judoca Ronda Rousey, que, à época, era campeã peso-galo (61 kg) do Ultimate e estava invicta no MMA. Quase uma década depois, ‘The Preacher’s Daughter’, como é conhecida, terá pela frente mais uma atleta oriunda do judô e com uma aura de invencibilidade, apesar de já ter uma derrota em seu currículo na modalidade: a bicampeã olímpica Kayla Harrison, em duelo marcado para o UFC 300, em abril. Mas, apesar das similaridades no perfil, as comparações entre as rivais ficam por aí, na opinião da veterana.
Em entrevista ao programa ‘The MMA Hour’, Holly Holm minimizou as comparações entre Rousey e Harrison. Para a ex-campeã do UFC, à parte de algumas coincidências, Ronda e Kayla são oponentes com mais diferenças do que semelhanças, especialmente na questão física e na forma como se comportam dentro do octógono. A veterana também garante que não se apega à conquista do passado, sobre ‘Rowdy’, para projetar seu desempenho diante da próxima adversária.
“Muitas pessoas estão fazendo essa comparação, mas elas são de tamanhos diferentes, estilos diferentes, posturas diferentes. Elas nem lutam na mesma base. Tudo é diferente. Algumas similaridades, sim, mas a maior parte é diferente. O striking delas, o que elas buscam é diferente. Não é como se eu estivesse tipo: ‘Eu já venci uma campeã do judô antes, então minha vitória está no papo’. Eu não estou pensando sobre isso de forma alguma”, afirmou Holm.
‘Title shot’ em jogo no UFC 300?
Depois de destronar a então campeã Ronda Rousey, em novembro de 2015, Holly Holm perdeu o cinturão peso-galo feminino do UFC logo em sua primeira defesa de título, quatro meses depois, para Miesha Tate. Desde então, a veterana se manteve entre os principais nomes da categoria e teve a oportunidade de recuperar sua coroa da divisão, mas acabou superada pela brasileira Amanda Nunes.
Agora, com o importante compromisso diante da compatriota Kayla Harrison, Holm – 5ª colocada no ranking peso-galo do Ultimate – pode se credenciar para mais um ‘title shot’ na divisão. Para isso, a veterana terá a missão de ‘estragar’ a estreia da judoca bicampeã olímpica no UFC, que chega credenciada por dois títulos no torneio peso-leve (70 kg) da PFL, em 2019 e 2021.