Com compromisso marcado para enfrentar Jorge Masvidal no dia 8 de abril, pelo card do UFC 287, em Miami (EUA), Gilbert Burns tinha a expectativa de que uma vitória o levaria a uma nova oportunidade de disputar o cinturão da divisão dos meio-médios (77 kg) da liga. Porém, a confirmação – feita por Dana White no último sábado (18) – de que Colby Covington seria o próximo desafiante ao título da categoria não caiu bem para ‘Durinho’, que, apesar disso, soube reconhecer um ‘mérito’ no rival.
Apesar de deixar claro que não compactua com a escolha feita pela organização, já que Covington não luta há um ano e já teve duas oportunidades recentes de disputar o título da categoria, falhando em ambas, Durinho ressaltou que o americano foi inteligente ao se oferecer ou aceitar o papel de suplente da luta principal do UFC 286, realizado no último sábado, que colocou frente a frente o campeão Leon Edwards e o ex-detentor do cinturão Kamaru Usman, e foi vencida pelo primeiro. Para o niteroiense, a atitude de ‘Chaos’ foi fundamental para dar o mínimo de credibilidade ao fato do próximo ‘title shot’ ser concedido a ele neste momento.
“Acho que muitos caras merecem uma chance, Colby não é um deles. O cara está fora há muito tempo. Ele é muito esperto, porque no dia 5 de março fez um ano que ele não compete. O UFC deveria tirar esse cara do ranking, mas agora ele meio que…ele é muito, muito esperto por tomar aquela decisão. Eu não sei se ele pediu ou o UFC o chamou para ser o reserva (da disputa de título), porque ‘boom’, agora eles não tiram ele do ranking e ele está ali na cara, sabe? Não acho que ele mereça, mas quem sou eu para julgar? O cara é o nº2 neste momento. Mas eu não acho que Leon e seu time, seus empresários, deveriam fazer isso”, afirmou Gilbert Burns.
Número dois no ranking dos meio-médios do UFC, Colby Covington não luta desde março do ano passado, quando superou seu antigo amigo e atual desafeto Jorge Masvidal. Pouco depois, ‘Chaos’ foi supostamente agredido por ‘Gamebred’ fora do cage, ao sair de um restaurante na Flórida, o que provocou uma investigação policial e o início de um processo judicial. Também por conta disso, o falastrão americano ficou afastado dos octógonos e, até mesmo, do olhar público durante os últimos meses.