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Diego Ribas/PxImages

UFC

Ex-UFC sugere que Valentina Shevchenko adote postura de vilã para atrair fãs

O longo domínio de um atleta sobre uma classe de peso pode repercutir de diferentes formas junto aos fãs, especialmente no que diz respeito ao interesse dos mesmos em acompanhar o que acontece com tal divisão e seus protagonistas. No caso de Valentina Shevchenko, que reina absoluta no peso-mosca (57 kg) do UFC desde 2018, a superioridade demonstrada pela campeã sobre suas concorrentes faz com que, muitas vezes, a categoria e a própria lutadora do Quirguistão não recebam a atenção que merecem. Mas, na visão de uma conhecida figura do mundo das lutas, há uma solução para este ‘problema’.

Em recente episódio do podcast ‘Weighing In’, do qual é co-apresentador, Josh Thomson destacou a dominância de Valentina sobre suas rivais no peso-mosca e o favoritismo com o qual a campeã entra em todas as suas defesas de título, como deve ocorrer novamente contra a brasileira Taila Santos, que foi escalada como próxima desafiante ao cinturão da atleta do Quirguistão, em disputa marcada para o 11 de junho, no UFC 275.

Na visão do ex-lutador – que em sua carreira colecionou passagens por grandes eventos como UFC, Bellator e Strikeforce, ainda que boa parte dos fãs sintonize para assistir Valentina por conta de seu talento, muitos podem perder o interesse em suas lutas pela diferença de nível entre a campeã e suas adversárias. Por isso, Thomson entende que uma possível mudança de comportamento fora do cage por parte de Shevchenko, que precisaria adotar uma postura menos respeitosa, possa ajudar a atrair a atenção do público, independentemente do desenrolar de seus combates.

“Em termos de Shevchenko e (Taila) Santos, você e eu pensamos da mesma forma – me diga que estou errado. Eu estou ignorando Santos? Não. Ela (Valentina) apenas está em um nível diferente do que qualquer (lutadora da divisão até) 57 kg no mundo. Estou interessado em como serão as odds para essa luta. Eu diria – 900 e acima para Valentina Shevchenko”, analisou Josh Thomson, antes de sugerir uma mudança por parte da campeã.

“Esses tipos de lutadores, eles precisam se tornar vilões, porque aí as pessoas querem vê-los perder e irão sintonizar todas as vezes para assisti-los perder. DJ (Demetrious Johnson) era da mesma forma. Mas ele não conseguiu se tornar um vilão. Ele era um cara muito legal”, concluiu o ex-lutador e atual analista esportivo.

Valentina Shevchenko conquistou o cinturão peso-mosca do UFC em 2018, ao vencer a polonesa Joanna Jedrzejczyk. Desde então, a atleta do Quirguistão defendeu seu título em seis oportunidades, superando com certa tranquilidade alguns dos grandes nomes da categoria, o que a posicionou como uma das campeãs mais dominantes do Ultimate na atualidade.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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