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Louis Grasse/PxImages

UFC

Ex-campeão do UFC analisa ‘personagem’ de Colby Covington: “Dê a ele um Oscar”

Conhecido dentro da comunidade do MMA por sua personalidade polêmica e politicamente incorreta, Colby Covington é visto por boa parte dos fãs como um dos principais ‘vilões’ do esporte na atualidade. No entanto, ao mesmo tempo em que possui inúmeros detratores, o meio-médio (77 kg) também é defendido por muitas pessoas próximas a ele, que afirmam que tudo não passa de uma jogada de marketing do americano para ascender na carreira. Esta teoria, porém, não parece convencer a todos.

O ex-campeão peso-médio (84 kg) do UFC Michael Bisping, por exemplo, coloca em dúvida o argumento de que Covington interpretaria um personagem para se promover e, consequentemente, conseguir uma maior valorização esportiva e financeira. Em seu canal oficial no ‘Youtube’, o inglês relembrou dos ataques pessoais lançados por Colby a Jorge Masvidal – que era seu amigo pessoal e colega de equipe na ‘American Top Team’ – para justificar sua descrença na possibilidade de ‘Chaos’ apenas interpretar um personagem.

O ex-lutador ainda foi além, e afirmou que, caso a postura excessivamente agressiva e polêmica apresentada por Covington nos últimos anos seja realmente fruto de uma encenação, o meio-médio deveria receber um ‘Oscar’ (prêmio de maior relevância do cinema mundial) por sua atuação.

“Todo mundo com quem você conversa, a propósito, diz: ‘Não, escute, Colby é um cara legal’. Ele só está vendendo lutas. Ele está interpretando um personagem. E talvez isso seja verdade. Se ele estiver fazendo isso, se ele está atuando, então dê ao homem a porra do Oscar porque ele está atuando para c*** em todos os momentos”, afirmou Bisping, antes de continuar.

“Essa coisa, atacar a ex-mulher de Masvidal, o chamar de um pai ruim e esse tipo de coisa, eu não acho que seja parte da atuação. Quer dizer, em qualquer momento que dois caras se conhecem, quando eles costumavam viver um com o outro, como eles faziam, eles sabem muita coisa pessoal um do outro e aí é quando a rivalidade ou o ódio, por falta de uma palavra melhor, pode se tornar forte”, finalizou o ex-campeão do UFC, citando a apimentada rivalidade entre Covington e Masvidal.

Depois de passar boa parte de seu início de trajetória no UFC sem chamar a atenção do grande público, Colby Covington optou por adotar, nos últimos anos, uma postura agressiva em relação aos seus rivais e ao tratar de assuntos delicados, seja em entrevistas ou nas redes sociais. Tal decisão fez com que o meio-médio se tornasse um dos lutadores de maior apelo midiático e popular, com uma legião de fãs e ‘haters’.

Uma das primeiras, e principais, polêmicas na qual Colby Covington se envolveu foi quando, após derrotar Demian Maia no UFC São Paulo, em 2017, o americano se referiu ao Brasil e ao público brasileiro de forma pejorativa, provocando a ira dos fãs e de grande parte dos atletas tupiniquins. Apesar de criticada, a postura de ‘bad boy’ fora dos octógonos tem rendido frutos a ‘Chaos’, já que, como o próprio reconhece, mesmo as pessoas que o odeiam, assistem suas lutas para torcer contra ele, o que aumenta seu poder de barganha dentro do UFC.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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