No esporte de alto rendimento, nem sempre o melhor competidor sai com a vitória. E no MMA não é diferente. E foi exatamente isso que aconteceu na luta principal do UFC 291, em Utah (EUA), no último sábado (29) – ao menos na opinião de Dustin Poirier. Após ser brutalmente nocauteado por Justin Gaethje, ‘Diamond’, como é conhecido, lamentou o resultado pois, na própria visão, se julga superior tecnicamente ao rival.
Os dois, inclusive, já entraram em rota de colisão no passado – mais precisamente em 2018. Na ocasião, Poirier levou a melhor por nocaute técnico. Cinco anos depois, porém, Dustin foi vítima de um chute preciso do adversário – ao qual ele rasga elogios. Entretanto, em recente participação no programa ‘The MMA Hour’, ‘Diamond’ opinou que o melhor artista marcial não teve o braço erguido no UFC 291.
“Estou de coração partido. É uma m***. Trabalhei duro, estava em ótima forma, e fui derrotado. Mas a luta é assim. É duro, especialmente porque – sem querer tirar o mérito do Justin, ele é um guerreiro e fez um trabalho incrível, lidou com essa derrota por cinco anos. Tive que fazer isso com o Conor até ter a oportunidade de me vingar. Mas é duro porque sinto que sou melhor do que ele. Sinto que sou o melhor lutador. Fui acertado por um grande golpe – não foi por sorte, ele construiu o movimento lindamente e fui vítima de uma grande técnica. Estava no lugar errado e não estava com a guarda correta. Mas estava alerta durante a luta, acho que sou melhor que ele e perdi. Isso machuca. Mas as coisas são como são, o que posso fazer?”, desabafou Dustin.
Balde de água fria
Com a derrota para Gaethje, além de perder a segunda posição no ranking dos pesos-leves (70 kg) e a oportunidade de conquistar o cinturão ‘BMF’, Poirier se afastou consideravelmente de uma disputa pelo título linear. O resultado adverso foi um banho de água fria para as pretensões do atleta da American Top Team. Aos 34 anos, Diamond precisará de uma nova sequência de triunfos caso pense em se tornar campeão linear dentro do UFC.