O retorno de Dan Hooker ao peso-pena (66 kg) durou apenas uma luta. Depois de ser nocauteado por Arnold Allen na sua reestreia pela divisão até 66 kg, no UFC Londres, em março deste ano, o neozelandês decidiu abortar a missão e voltar à categoria dos leves (70 kg), onde vinha atuando nos últimos anos.
O anúncio foi feito pelo próprio lutador, em entrevista recente ao ‘Submission Radio’. Apesar de não ter tido problemas para bater o peso da divisão dos penas em sua última luta, Hooker admite que o desgastante corte de peso só faria sentido para a sequência de sua carreira em caso de vitória sobre Arnold Alle, o que poderia posicioná-lo próximo ao topo da categoria e de uma futura disputa pelo título.
Com a derrota na sua reestreia nos penas, o atleta se vê em situação semelhante a que havia abandonado anteriormente, no peso-leve, onde chegou a figurar entre os cinco primeiros colocados no ranking, mas, devido a alguns resultados negativos, hoje ocupa a 13ª posição na lista.
“Eu senti como se eu pudesse ter ficado no 145 (libras/66 kg), mas obviamente é necessário muito sacrifício. Mas depois do resultado da última luta, eu senti como se estivesse na mesma posição nas duas categorias de peso – então, por que não? Por que eu faria o sacrifício extra? O sacrifício extra era para me levar de volta a mesma posição que eu estava antes. Entende? Mas se eu estou na mesma posição (em relação à disputa de título), eu prefiro estar na mesma posição e comendo, e comendo uma fatia de bolo de vez em quando”, explicou Dan Hooker.
Depois de engatar uma sequência de oito vitórias e apenas uma derrota entre 2017 e 2020, Dan Hooker vive momento delicado no UFC, acumulando, nos últimos combates, os piores resultados de sua trajetória na organização. Nas suas cinco lutas mais recentes, o neozelandês foi superado em quatro delas, tendo saído vitorioso apenas do duelo contra Nasrat Haqparast, em setembro de 2021. Neste período, além do revés para Arnold Allen, em março, ‘The Hangman’ soma fracassos contra Dustin Poirier, Michael Chandler e Islam Makhachev.