Até alguns dias atrás, Conor McGregor parecia convicto que – mesmo sem ter cumprido o período mínimo de seis meses de volta ao programa antidoping da USADA – seria liberado para competir em dezembro pelo UFC. Porém, ao que tudo indica, algo abalou a confiança do irlandês.
Em uma série de áudios publicados, e posteriormente apagados, no seu perfil oficial no ‘X’ (antigo Twitter), McGregor mudou o tom e mostrou pessimismo quanto às chances de voltar ao octógono do UFC ainda nesta temporada. O astro da companhia presidida por Dana White – um dos atletas mais bem-sucedidos financeiramente entre todos os esportes nos últimos anos – ainda foi além e disse estar sendo impedido de prover seu sustento.
“Eles não vão me deixar lutar em dezembro, senhoras e senhores. Vocês viram Chris Weidman (no UFC 292). Imaginem o que aquela lesão é. Sinto como se eu estivesse sendo afastado do meu ganha-pão, e eu tenho sentido isso por anos. Eu não vou reclamar publicamente. Vou me manter corajoso e persistente. Estou pronto. Queria um anúncio para 16 de dezembro (no UFC 296). Dei tudo. Então, não vai acontecer. Não parece que vai acontecer”, disparou Conor.
Entenda o caso
Conor McGregor não sobe no octógono do Ultimate desde julho de 2021, quando sofreu uma grave lesão na perna durante sua luta contra Dustin Poirier, que o obrigou a passar pela mesa de cirurgia. Durante o período de recuperação, o ex-campeão do UFC deixou o programa antidoping da USADA (agência americana antidoping) e, consequentemente, deixou de ser testado pela entidade.
A mudança física do irlandês vista neste espaço de tempo fez com que rumores surgissem sobre o possível uso de substâncias proibidas, como os esteroides anabolizantes, por parte de Conor. Em teoria recuperado da lesão, McGregor, então, passou a flertar com seu retorno, que aconteceria ainda em 2023 diante do rival no reality show ‘The Ultimate Fighter 31’ Michael Chandler, provavelmente.
No entanto, o tempo passou e, até o momento, não há indícios de que o irlandês tenha retornado ao programa antidoping do UFC comandado pela USADA – no qual, caso quisesse atuar ainda em 2023, ‘Notorious’ precisaria de um período mínimo de testes limpos de seis meses para que estivesse apto a competir novamente no Ultimate. Com isso, a única chance do ex-campeão subir no cage ainda em dezembro deste ano seria através de uma exceção aberta pela agência de controle, o que não parece ser o caso, além de ter gerado críticas.