A rivalidade entre o experiente Colby Covington e a promessa dos meio-médios (77 kg) Ian Machado Garry parece crescer a cada dia, aumentando as chances de um confronto entre os rivais de divisão dentro do octógono do UFC. Mas, para que o duelo saia do papel, o jovem lutador irlandês deve aceitar as condições impostas por ‘Chaos’ o mais breve possível – pelo menos é isso que sugere o próprio americano.
Depois de listar três exigências para aceitar o desafio feito por Garry e ser rebatido pelo irlandês, que sugeriu um ‘jogo de desistência’ como contraproposta, Covington voltou a utilizar suas redes sociais para dar sequência na ‘negociação’ e, de quebra, provocar o rival (veja abaixo ou clique aqui). Além de reforçar suas demandas, o ex-desafiante ao título meio-médio do UFC lançou um ultimato ao jovem lutador, conhecido pelo apelido de ‘The Future’.
“Você não dita os termos aqui, corno. Você está pedindo por artifícios que você nem compreende. Uma luta até a desistência sugere que não tem desqualificação e limite de tempo. Nenhuma Comissão (Atlética) aprovaria isso. E, além do mais, a gente já viu você desistir em dezembro antes da coletiva de imprensa. Todos sabemos que você gosta de ser corno, mas você está prestes a se tirar dessa luta, novato. Então aqui está, pela última vez: concorde com as exigências. Exigência número 1, ligue os comentários. Exigência número 2: grave a Layla implorando. Exigência número 3: concorde com o vídeo promocional do MyBookie, e nós temos uma luta. Caso contrário, eu vou lutar com alguém mais bem ranqueado nesse verão, e você vai fazer o que faz de melhor, sentar e assistir toda a ação”, disparou Colby.
Origem da rivalidade
A nova rivalidade da divisão dos meio-médios, entre Colby e Ian, teve início há poucos meses, quando alguns perfis do mundo das lutas nas redes sociais passaram a atacar a esposa do irlandês. Na ocasião, foi sugerido que Layla, de 40 anos, se casou com Garry por ‘oportunismo’, tendo em vista que a mesma teria escrito um livro chamado ‘How to be a WAG’ (‘Como ser uma WAG?’, termo usado para esposas e namoradas de atletas).
A partir disso, fãs do esporte e até mesmo figuras importantes do MMA, como o próprio Covington, aproveitaram a oportunidade para provocar o casal, que desativou os comentários nas suas respectivas redes sociais, a fim de amenizar os ataques – atitude criticada por Chaos. Curiosamente, Colby e Garry estavam escalados para atuarem no mesmo evento, em dezembro. Porém, uma forte gripe obrigou a jovem promessa da divisão a se retirar do card do UFC 296, o que levantou suspeitas sobre sua real condição de saúde, com muitos sugerindo uma possível fuga do atleta europeu em virtude da polêmica familiar ainda estar no seu auge na época.
Confira a declaração na íntegra
“Todos vimos seu vídeo vergonhoso, Ian. E a fala ‘faça o que eu digo’ só funciona quando você é do primeiro escalão ou Conor McGregor – não ‘Corner McGregor’, seu corno maldito. Ian, você disse muita merda, mas tem uma coisa que eu vou concordar com você. Layla não é um troféu, ela é um prêmio de participação, no máximo – o que combina com você e sua geração. Você não dita os termos aqui, corno. Você é um beta da geração Z e a única hora que você ordena algo é quando está de joelhos para o nutricionista. Você está pedindo por artifícios que você nem compreende. Uma luta até a desistência sugere que não tem desqualificação e limite de tempo. Nenhuma Comissão (Atlética) aprovaria isso. E, além do mais, a gente já viu você desistir em dezembro antes da coletiva de imprensa. Você quer falar pelo que eu sou famoso e as minhas lutas de título? A única coisa pela qual você é famoso é desfilar por aí com os restos de um nutricionista como se ela fosse a Miss Universo. Ela é nota 4, no máximo. Todos sabemos que você gosta de ser corno, mas você está prestes a se tirar dessa luta, novato. Então aqui está, pela última vez: concorde com as exigências. Exigência número 1, ligue os comentários. Exigência número 2: grave a Layla implorando. Exigência número 3: concorde com o vídeo promocional do MyBookie, e nós temos uma luta. Caso contrário, eu vou lutar com alguém mais bem ranqueado nesse verão, e você vai fazer o que faz de melhor, sentar e assistir toda a ação”.
Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.