No dia 10 de maio, Belal Muhammad fará sua primeira defesa de cinturão contra Jack Della Maddalena, no UFC 315. E, ao adentrar a arena ‘Bell Centre’, no Canadá, o campeão dos meio-médios (77 kg) levará consigo um símbolo marcante de suas origens: a bandeira da Palestina. Filho de pais da região, o wrestler reforçou seu compromisso com o povo palestino, apesar de ter nascido e sido criado nos Estados Unidos.
Em entrevista ao site ‘MMA Fighting’, Belal revelou que negociou o plano com a alta cúpula do Ultimate, recebendo o sinal verde para prosseguir. Até por se tratar de um tema polêmico e que divide opiniões, o detentor do cinturão até 77 kg já foi criticado por defender a Palestina no contexto do conflito com Israel. Os comentários negativos, porém, não parecem abalar o americano, que pretende utilizar cada vez mais seu holofote como campeão para batalhar por uma maior representatividade para a região em que seus pais construíram a vida.
“Sim, 100% (vou entrar com a bandeira da Palestina). Nós conversamos sobre isso e eles (UFC) aceitaram. Nada vai me impedir de fazer isso. É duro, especialmente agora. Já são dois anos com pessoas morrendo, passando fome, o povo de lá está com muita dor. E o mundo está apenas assistindo, criando desculpas. É louco. Isso me faz trabalhar ainda mais duro por eles, porque não posso perder. Quando eles me virem vencendo, verão a bandeira sendo levantada. A única forma que consigo de ser a voz deles é continuando a vencer. Deus tem um plano para tudo e espero que isso (conflito) chegue ao fim em breve”, destacou Belal.
Cobrança por representatividade no site do UFC
Americano de nascimento, Muhammad optou por representar a Palestina em sua trajetória no UFC. Após se tornar campeão, entretanto, a bandeira que figurava ao lado de seu nome e foto no site oficial da liga era a dos Estados Unidos. Inconformado, Belal cobrou publicamente o Ultimate por mudanças, que surtiram efeito. Afinal de contas, atualmente é possível ver destacada a flâmula da Palestina ao lado das credenciais do wrestler no portal oficial da empresa.
Veto às bandeiras e volta atrás
Em 2022, com a escalada no conflito entre Rússia e Ucrânia, o UFC chegou a vetar a exibição de bandeiras nos seus eventos. Porém, um ano depois, a entidade voltou atrás e liberou novamente seus lutadores a carregarem consigo as flâmulas dos países que representam.
Siga nossas redes sociais e fique ligado nas notícias do mundo da luta: X, Instagram, Facebook, Youtube e TikTok