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Após vencer a segunda luta no UFC, Danilo Marques revela inspiração em lendas do MMA

Apesar de não integrar o top-15 dos meio-pesados, Danilo Marques está impressionando em suas aparições no octógono. No UFC Vegas 18, evento realizado neste sábado (6), nos Estados Unidos, o brasileiro finalizou Mike Rodriguez no segundo round, venceu a segunda luta seguida pela organização e a superioridade que apresentou no grappling não aconteceu por acaso.

Na coletiva de imprensa pós-UFC Vegas 18, Danilo informou que algumas lendas do MMA servem de inspiração quando sobe ao octógono, cada uma com a própria característica. Durante muito tempo, o atleta treinou com Demian Maia no Brasil e tal convívio e aprendizado com o especialista em jiu-jitsu reflete na seriedade com que trata a própria carreira. Atualmente, o paulista vai se concentrar, definitivamente, na Kings MMA, academia liderada por Rafael Cordeiro, e o fato de ter Fabrício Werdum e Maurício ‘Shogun’ como amigos e parceiros de treino também força seu desenvolvimento como lutador.

“O Demian influencia meu jogo. Não tem como falar que não, porque treinei com ele durante muito tempo. Sempre procurei fazer esse tipo de jogo, essa mistura. Aprendi muito com o ‘Shogun’, com o Werdum. Vou colocando um pouco de cada um. Werdum me ensinou muita coisa, é o mais recente, ‘Shogun’, nem se fala, é como um irmão mais velho, me ensinou muita coisa no MMA em geral. O Demian me ensinou o refino do grappling. Fazer o adversário te dar as posições, simular uma finalização para pegar outra. Ele tem muita influência, sem dúvida”, declarou Danilo.

Ao aplicar o tradicional estrangulamento, Danilo apagou Rodriguez, mas segurou um pouco a finalização. Contudo, antes das críticas por parte dos fãs começarem a surgir, o brasileiro tratou de se defender. De acordo com o profissional, a responsabilidade por encerrar o combate e afastar os lutadores não é sua e sim do árbitro que, na ocasião, não encerrou o duelo. Vale lembrar que o próprio adversário do paulista foi surpreendido por Ed Herman em sua última aparição, justamente, porque perdeu o foco após ser superior no ‘cage’.

“Tive tempo para trabalhar, treinei para fazer isso e ajustei as coisas para dar certo. Cheguei a perceber que ele tinha desmaiado, mas não soltei, porque o árbitro não tinha checado o braço dele. Quando p árbitro faz isso, solto. Ele voltou rápido e não apagou por muito tempo. Se demorasse mais, soltaria. Dei uma olhada no árbitro, e ele já veio. Eu tenho que esperar por ele, porque em uma dessa o cara acorda, vira de frente, a luta continua e aí ferrou”, concluiu.

Mesmo sendo novato no UFC, já que disputou apenas duas lutas pela companhia, Danilo Marques já mirou o top-15 dos meio-pesados e indicou que o grappling é um diferencial que possui para integrar a elite da categoria. Além de Demian Maia, Fabrício Werdum e Maurício ‘Shogun’, o brasileiro, de 35 anos, também tem ao seu dispor nomes importantes como Kelvin Gastelum, Marvin Vettori, Neiman Gracie, entre outros como parceiros de treino na Kings MMA. No esporte, o paulista possui um cartel de 11 vitórias e duas derrotas.

Jornalista formado, especializado em MMA. Também acompanho boxe, boxe sem luvas, boxe de celebridades e WWE.

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