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Natassia del Fischer/PxImages

UFC

Após 2020 desafiador, Chiesa exalta a oportunidade de retornar saudável ao UFC

Afastado dos octógonos desde janeiro de 2020, Michael Chiesa teve um ano desafiador, como o próprio classifica. Apesar de ter conseguido a principal vitória de sua carreira logo no primeiro mês da última temporada, ao superar o ex-campeão peso-leve (70 kg) Rafael dos Anjos, o americano passou por momentos complicados, incluindo a recuperação de uma importante cirurgia feita em julho e, obviamente, a pandemia do novo coronavírus.

Porém, tudo isso ficou para trás, de acordo com o próprio lutador. Em conversa com a imprensa durante o media day do UFC Fight Island 8, que acontece na próxima quarta-feira (20), Chiesa afirmou que chega para o confronto diante de Neil Magny, válido pela luta principal do evento na ‘Ilha da Luta’, em Abu Dhabi (EAU), na melhor condição física desde que estreou pela organização, em 2012.

De acordo com o americano, a cirurgia a qual se submeteu no ano passado, ainda que tenha demandado uma longa e complicada recuperação, serviu para curar definitivamente uma lesão que o acompanhava desde a adolescência. O meio-médio (77 kg) ainda fez questão de agradecer ao UFC por tê-lo incluído no plantel de analistas da organização durante o período afastado, fato que, em sua visão, teve fundamental importância na superação da desafiadora temporada de 2020.

“O ano passado foi desafiador. Eu conquistei a maior vitória da minha carreira – no dia 25 de janeiro de 2020 -, passei por cirurgia, a pandemia chegou. Foi bastante desafiador pelo ponto de vista profissional. Quando as academias estavam fechadas, e você está afastado com uma lesão, parece que não tem uma luz à vista. E as coisas realmente tomaram forma na segunda metade do ano. Eu sou muito agradecido ao UFC, eles me colocaram em uma posição de analista, me mantiveram ocupado, trouxeram minha mente de volta, eu comecei a ver a luz novamente, eu comecei a me recuperar bem da cirurgia e agora eu estou aqui”, comentou Chiesa, antes de completar.

“Estou mais saudável do que eu já estive entrando em uma luta. É muito clichê, os caras sempre falam: ‘Eu fiz o melhor camp da minha vida’. Quantas vezes vocês já ouviram isso? Mas eu estou dizendo a vocês, isso é o mais saudável que eu já estive entrando para uma luta, eu posso dizer honestamente, em toda a minha carreira no UFC. Essa lesão que eu tive que tratar é algo que eu tenho lidado desde que eu tinha 16 anos, e continuava a ficar cada vez pior. Agora a lesão ficou para trás, agora eu estou saudável. Foi um ano desafiador, mas períodos desafiadores fazem pessoas fortes. Estou feliz por ter sido capaz de superá-lo e agora estamos aqui. Então, olhando para trás, estou agradecido por ter passado por tudo isso”, concluiu.

Desde que subiu para os meio-médios, em julho de 2018, Michael Chiesa acumula três vitórias consecutivas no octógono mais famoso do planeta, sobre os veteranos Carlos Condit, Diego Sanchez e Rafael dos Anjos, respectivamente. A sequência positiva rendeu ao americano a oitava colocação no ranking da categoria.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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