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Diego Ribas/PxImages

UFC

Amanda reitera seu compromisso com suas raízes e diz: “Sou o rosto do MMA no Brasil”

Apesar de ser indiscutivelmente uma das maiores lutadoras, se não a maior, de todos os tempos e de reinar absoluta em duas divisões do UFC, Amanda Nunes ainda não atingiu o mesmo nível de popularidade no Brasil que outros astros do MMA nacional chegaram a alcançar. Muitas teorias sobre a razão deste fenômeno já foram criadas, mas nenhuma conclusão definitiva foi apresentada.

Questionada sobre o assunto durante a coletiva de imprensa do UFC 259, no último sábado (6), Amanda – que mais uma vez demonstrou sua superioridade sobre as rivais com uma vitória relâmpago sobre a australiana Megan Anderson no co-main event da noite – descartou que a questão seja fruto de uma possível perda de identidade brasileira. A ‘Leoa’ reiterou seu compromisso em representar o Brasil no Ultimate e afirmou que se considera o “rosto do MMA” no país natal.

Radicada nos Estados Unidos há anos, onde treina na academia da ‘American Top Team’, a campeã peso-galo (61 kg) e peso-pena (66 kg) do UFC ressaltou que sua mudança para o país norte-americano se deu por buscar novas e melhores oportunidades para sua vida pessoal e profissional. A baiana ainda destacou que, se não alcançou o mesmo status de ídolo nacional no Brasil que outras estrelas do MMA, como Anderson Silva, por exemplo, o motivo não é diretamente ligado à ela.

“Eu já sou o rosto do MMA no Brasil. Sou brasileira! Eu levo meu sangue brasileiro. Eu saí do Brasil porque eu queria algo melhor para a minha vida e sabia que aqui nos Estados Unidos eu conseguiria com uma rapidez maior, mais ajuda, mais patrocínios, mais tudo. Mas eu continuo sendo brasileira, continuo levando o nome do Brasil, nunca mudei nada no UFC, apesar de ter os meus papéis aqui na América”, afirmou Amanda, antes de continuar.

“Nunca mudei nada, nunca tive esse pensamento de um dia eu virar cidadã e querer mudar (o país que eu represento no UFC). Eu sempre vou levar o nome do Brasil. Se não me consideram como a cara do MMA no Brasil só porque eu moro aqui (nos EUA), tem alguma coisa errada aí”, concluiu.

Com o triunfo por finalização sobre Megan Anderson no último sábado, Amanda Nunes chegou a 12 vitórias seguidas, invencibilidade que dura desde 2015. Dona dos cinturões peso-pena e peso-galo do UFC, além de ter derrotado os principais nomes do esporte, a baiana, cada vez mais, se coloca em um patamar acima das demais atletas do MMA feminino na história.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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