Islam Makhachev foi o principal responsável por uma das derrotas recentes mais dolorosas para os fãs de MMA brasileiros, quando tomou o cinturão do peso-leve (70 kg) de Charles Oliveira via finalização, em outubro de 2022. De lá para cá, o russo já defendeu o título em duas oportunidades e, neste sábado (1º), no UFC 302, tenta manter sua soberania pela terceira vez ao duelar contra Dustin Poirier. Ainda ‘machucados’ com aquele fatídico combate, os seguidores de ‘Do Bronx’ podem se apoiar em uma curiosa escrita que, coincidentemente, envolve outro atleta tupiniquim, para acreditar em uma derrota do wrestler do Daguestão: a ‘Maldição de Paulo Borrachinha’.
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A teoria se baseia em uma marca inusitada na carreira de Borrachinha: quando o brasileiro compete em eventos do UFC que envolvam disputas de título, o campeão normalmente é destronado. Até o momento, oito já perderam seus cinturões quando compartilharam o mesmo card que o peso-médio (84 kg) brasileiro. A única exceção foi Israel Adesanya, que manteve a soberania da categoria ao derrotar justamente o mineiro, em setembro de 2020.
A suposta ‘maldição’ de Borrachinha já derrubou grandes campeões da história da empresa, como Kamaru Usman, Alexander Volkanovski, Daniel Cormier, Stipe Miocic, José Aldo e Michael Bisping. Sendo assim, embalados pela curiosa escrita, os fãs brasileiros acreditam que Poirier, mesmo azarão, pode quebrar a banca e derrotar Makhachev, já que, no UFC 302, Paulo Costa entra em ação no ‘co-main event’, ao encarar Sean Strickland.
Brasileiro rechaça maldição e aposta em Islam
Se por um lado, os torcedores se apegam à escrita para acreditarem que Makhachev pode ser destronado do posto de campeão, por outro, Borrachinha minimiza o curioso histórico em sua trajetória no Ultimate. Em entrevista exclusiva à equipe de reportagem da Ag Fight, inclusive, Paulo apostou suas fichas em um triunfo do wrestler russo contra o desafiante americano.
“Eu vi isso (sobre a maldição). Primeiro que não faz sentido nenhum essa besteira. Isso é uma completa bobagem. O pessoal xinga quem acredita em Terra plana e acredita em superstição. Vai entender, né? A dicotomia do povo. Primeiro que nem é a realidade, porque eu mesmo lutei e perdi. Se fosse assim, eu teria ganhado (do Adesanya). Desculpe quebrar essa fantasia, mas nem é verdade, porque eu mesmo lutei com o Adesanya e perdi, lutando pelo título. Não (me incomoda a brincadeira). Só que não faz sentido. Se fosse a realidade, pelo menos. Tem um erro aí (na teoria). E acredito que o Islam vai ganhar”, comentou Paulo.
Neste sábado, na luta principal do UFC 302, Makhachev entra em ação contra Poirier para reforçar ainda mais a lista de ‘vítimas’ da maldição de Borrachinha ou para ser mais uma exceção à regra. O brasileiro, por sua vez, enfrenta Sean Strickland, ex-campeão e atual número 1 do ranking do peso-médio, e, com uma vitória, pode se aproximar de uma eventual disputa de título na categoria.