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Henry Cejudo participa da coletiva de imprensa do UFC
Henry Cejudo é ex-campeão do UFC - Louis Grasse/PxImages

PFL

Henry Cejudo questiona poder financeiro da PFL: “De onde vem todo esse dinheiro?”

O anúncio da contratação do o ex-campeão peso-pesado do UFC Francis Ngannou pela PFL, assim como alguns dos detalhes do acordo entre as partes, mexeu com o mundo do MMA. Entre elogios e críticas, como as feitas por Dana White, presidente do Ultimate, a parceria entre o gigante camaronês e a liga norte-americana ficou em evidência nos últimos dias, mas também levantou muitos questionamentos.

Um deles foi apontado por Henry Cejudo, em vídeo publicado em seu canal do ‘Youtube’. Para o ex-campeão peso-mosca (57 kg) e peso-galo (61 kg) do UFC, a grande pergunta que fica é de onde surgiu tamanha força financeira por trás da PFL, uma vez que, além da contratação de Ngannou, a liga também assinou com o youtuber boxeador Jake Paul, paga um salário alto para a estrela do MMA feminino Kayla Harrison, e premia com um milhão de dólares (cerca de R$ 5 milhões) os campeões dos torneios anuais das seis categorias de peso que possui.

“Onde diabos a PFL está conseguindo todo esse dinheiro? Assinando com Jake Paul, assinando com ele (Francis Ngannou), torneios de um milhão de dólares, eu sei que Kayla Harrison está ganhando um dinheiro alto como uma mulher – mais do que qualquer outra que não seja Ronda Rousey e talvez até um pouco mais, a atleta feminina mais bem paga de todos os tempos”, questionou Cejudo.

Parceria com outras organizações?

Outra dúvida que parte da comunidade das lutas tem levantado sobre as recentes movimentações de mercado da PFL diz respeito à competição em si. Mais especificamente, o quanto a liga pode lucrar com Ngannou, por exemplo, quando este subir no cage para lutar, e quais seriam os adversários disponíveis no seu plantel que atrairiam a atenção do público e de patrocinadores?

Para Cejudo, esse cenário pode potencializar possíveis parcerias entre as principais organizações de MMA do planeta – uma situação bastante especulada entre fãs e mídia especializada durante anos. Resta saber se ‘Triple C’ está certo em sua previsão.

“Esse é o começo da colaboração entre Bellator vs UFC, PFL vs UFC, ONE Championship vs Bellator? Estamos abrindo novas portas que nunca foram realmente abertas? Bellator, PFL, ONE Championship – mesmo se o UFC não se envolver – estão dispostos a meio que atravessar essa estrada? Existem muitas questões para serem respondidas ou perguntadas”, afirmou Cejudo.

Saída do UFC e chegada na PFL

Francis Ngannou deixou o UFC após entrar em rota de colisão com a organização durante as negociações pela sua renovação contratual. Além de uma significativa valorização salarial, o camaronês – então campeão dos pesados da liga presidida por Dana White – cobrava liberdade para atuar também no boxe e uma maior paridade nos contratos dos demais colegas de profissão do plantel da entidade.

Após o desfecho frustrado das negociações, ‘The Predator’ ficou livre no mercado e ouviu propostas de diversas organizações do MMA e do boxe. Depois de muita especulação, Ngannou se junta ao plantel da PFL, com um contrato que o permite também se experimentar no boxe e garante aos seus futuros oponentes uma bolsa mínima milionária – uma exigência do próprio camaronês.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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