Neste sábado (28), Wellington Turman possui um compromisso que deve definir seu futuro no UFC. No show, que acontece em Las Vegas (EUA), o brasileiro vai medir forças com o veterano Sam Alvey pelo peso-médio (84 kg) e, quem perder, corre sério risco de ser cortado da companhia. Sabendo que sua permanência na maior organização de MMA do mundo está em jogo, o curitibano foi atrás de um reforço de alto nível.
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight (veja acima ou clique aqui), Turman revelou que se mudou para os Estados Unidos e treinou com Glover Teixeira, que se prepara para disputar o cinturão dos meio-pesados (93 kg) do UFC contra Jan Blachowicz, em outubro.
De acordo com o jovem lutador, a parceria com o veterano lhe transformou em um atleta completamente diferente, já que readquiriu a confiança necessária para atuar em alto nível no octógono. Além de Glover, Turman também contou com a ajuda de Alex ‘Poatan’, campeão do peso-médio e dos meio-pesados do Glory, para afiar sua trocação.
“Não me sinto pressionado. Estou muito bem e sei do meu potencial. Dessa vez, me mudei, treinei nos Estados Unidos com o Glover Teixeira, então mudou muita coisa. Essas cinco semanas valeram por quatro, cinco meses, porque aprendi muito. Ficar com o Glover, fazer sparring com ele foi sensacional. Vocês vão ver a diferença no sábado”, avaliou Turman, antes de completar.
“Ele é uma pessoa incrível, bem humilde, vai disputar o cinturão e tem muita coisa para ensinar. O cara é sinistro. Só treinando com ele para saber. Boxe, jiu-jitsu, mão pesada. É sensacional. Aprendi muito e quero evoluir mais. Fiquei muito tempo na academia, nem ficava em casa direito. Me sinto muito bem e com certeza vou buscar o bônus de performance da noite”, ressaltou.
A luta entre Alvey e Turman tem tudo para ser dramática. Nas últimas seis aparições no octógono, o veterano perdeu cinco, empatou uma e venceu pela última vez em 2018, enquanto o brasileiro foi derrotado em dois combates seguidos. Entretanto, o curitibano pode tirar proveito do aspecto físico, já que é dez anos mais novo do que o adversário (35 contra 25).
Apesar da juventude e da menor quantidade de dano acumulado na carreira, o atleta pregou respeito em relação ao americano. Mesmo atravessando um momento delicado profissionalmente, Turman ignorou a pressão e mostrou confiança de que vai encerrar a má fase ao apostar na luta agarrada, já que Alvey é striker.
“Com certeza posso aproveitar, mas o cara vem mordido, querendo vencer. O mesmo vale para mim, estou louco para voltar a vencer. Será uma luta boa. Pode ser a luta da noite, terá muita entrega, porque precisamos vencer. Todos sabem que sou mais do jiu-jitsu, a parte de grappling é o que faço de melhor, então esse será meu jogo para a luta, mas estou preparado para tudo. No mês que passei com o Glover, eu melhorei bastante. Fiz sparring com ele, então o Alvey não está me botando medo. Estou tranquilo. Se a gente sair na porrada, vamos sair, mas vou fazer a estratégia que é derrubar e fazer meu jogo de grappling”, concluiu.
Wellington Turman, de 25 anos, é uma promessa do MMA. O brasileiro estreou no esporte em 2014 e chegou ao UFC em 2019. No circuito nacional, o atleta se destacou, porém ainda não emplacou na organização líder da modalidade. No Ultimate, o curitibano venceu uma luta e perdeu três vezes. Contra Sam Alvey, o profissional pode ter a última oportunidade de mostrar serviço na companhia.