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Usman revela que COVID-19 atrapalhou luta com Masvidal em julho e sugere África como solução

Kamaru Usman é o atual campeão peso-meio-médio (77 kg) do UFC – Diego Ribas

A aguardada disputa entre Kamaru Usman e Jorge Masvidal pelo título dos meio-médios (77 kg) do UFC esteve próxima de se confirmada, mas seu anúncio foi atrapalhado, ao menos momentaneamente, pela pandemia do novo coronavírus. A informação foi divulgada pelo nigeriano, em entrevista ao site ‘TMZ Sports’. De acordo com o campeão, o acordo seria selado para que o duelo acontecesse em julho, durante a Semana Internacional de Lutas – promovida anualmente pelo UFC.

No entanto, a pandemia do coronavírus atrapalhou os planos da organização, que planejava anunciar em breve a luta. Com grande parte do planeta tendo problemas para conter a propagação da doença e tratar os pacientes infectados, diversas medidas preventivas estão sendo tomadas – como o isolamento da população, o fechamento de estabelecimentos não essenciais e a proibição sobre a realização de eventos esportivos. Baseado nisso, Usman sugeriu, então, que a disputa contra Masvidal fosse levada para algum local na África, um dos continentes menos afetados pelo COVID-19 até o momento.

“Se essa situação (coronavírus) não tivesse acontecido, essa luta (com Masvidal) ia acontecer na Semana Internacional de Lutas. Essa luta ia acontecer em julho. Dana disse que era isso que ele queria, e quando Dana diz que é isso que ele quer fazer, as chances são grandes para que essas coisas sejam feitas. Essa é uma luta sucesso de bilheteria, é uma luta de main event e só depende de quando eles querem fazê-la”, revelou o nigeriano, antes de apontar uma possível solução para a realização do combate contra Masvidal.

“Se Dana estiver se sentindo ambicioso e quiser ir para a África para fazer essa coisa acontecer, então nós vamos fazer acontecer. Isso é algo que nós temos conversado sobre, falamos sobre isso bastante. E não é tão impensável quanto as pessoas acham. Vamos apenas dizer que o oeste da África está fazendo uma grande campanha por isso. (…) É para mim, ponto. A África quer seu filho no seu solo. Então, se for Jorge (Masvidal), se for Conor (McGregor) ou se for Zé Ninguém das ruas, não importa, a África quer seu filho de volta e eles querem que seu filho vá lá para lutar no seu solo”, contou Usman.

Apesar de um acerto pela disputa contra Masvidal ter chegado próximo de ser anunciado, Kamaru ressaltou que não vê méritos suficientes em seu desafeto – com quem teve uma discussão durante um evento do Super Bowl da NFL em janeiro deste ano – que o façam merecer uma chance de desafiá-lo pelo cinturão dos meio-médios do UFC. O nigeriano aproveitou para criticar a postura, em sua opinião, soberba do americano e fez questão de relembrar que há pouco tempo o mesmo era tratado como um lutador mediano, sem grandes resultados ou aspirações.

“Honestamente, se eu estiver sendo honesto, eu acredito que ele mereça a próxima luta (pelo cinturão)? Não, eu não acho que ele mereça a luta. Mas, ao mesmo tempo, ele tem o hype no momento. Ele realmente pensa que é uma superestrela. Ele está falando sobre como: ‘Eu sou o lutador mais famoso, eu sou mais famoso que Conor (McGregor) e isso e aquilo’. Você está se iludindo com suas próprias fantasias no momento. Ele esquece que literalmente a menos de um ou dois anos, ele era apenas o ‘Journeyman George’. Agora você perdeu um pouco de peso, fez um pequeno reality show espanhol e volta achando que é Jacques Cousteau, ou algo do tipo. Meu amigo, relaxa”, provocou o campeão do UFC.

Vencedor da 21ª edição do reality show ‘The Ultimate Fighter’, Kamaru Usman compete pelo UFC desde julho de 2015. O nigeriano conquistou o cinturão meio-médio em março do ano passado, ao superar o então campeão Tyron Woodley na decisão unânime dos juízes. Em sua primeira defesa de título, ‘The Nigerian Nightmare’, como é conhecido, venceu o falastrão Colby Covington por nocaute técnico no quinto assalto do duelo, em no último mês de dezembro.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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