Em dezembro de 2017, pouco mais de um mês após conquistar o cinturão peso-médio (84 kg) do UFC, seu segundo título em categorias diferentes na organização, Georges St-Pierre abdicou de seu trono para se dedicar ao tratamento de uma séria doença. O canadense – posteriormente induzido ao Hall da Fama do Ultimate – nunca mais subiria no octógono mais famoso do mundo depois disso, e hoje reconhece que a preocupação com sua saúde foi o principal motivo que o levou a pendurar as luvas.
Ao podcast ‘Pound 4 Pound’, St-Pierre admitiu que, antes de descobrir que sofria com colite ulcerativa – uma doença inflamatória crônica do intestino -, chegou a temer pelo diagnóstico de câncer. De acordo com o ex-campeão do UFC, a condição que o levou à aposentadoria pode ter sido desenvolvida durante o processo de ganho de peso pelo qual se submeteu ao subir de categoria para conquistar o título dos médios, destronando o então campeão Michael Bisping, em novembro de 2017.
“A razão pela qual eu me aposentei é porque isso tirava muito de mim e eu comecei a desenvolver uma condição chamada colite ulcerativa. É uma inflamação no intestino e na minha última luta, quando eu enfrentei Bisping, eu tentei comer, para ganhar peso, e tenho dificuldade de ganhar peso. Eu me forcei a comer e o médico me disse que provavelmente foi por isso que eu desenvolvi isso. (…) Eu costumava ir ao banheiro e tinha muito sangue, pensei que talvez eu tivesse câncer“, relatou ‘GSP’, que admitiu que o diagnóstico de colite ulcerativa acabou sendo um alívio.
Lenda do MMA
Ativo no MMA profissional entre 2002 e 2017, Georges St-Pierre construiu uma das carreiras mais respeitadas da história da modalidade, consolidando seu nome entre os maiores lutadores de todos os tempos. O canadense dominou durante anos a divisão dos meio-médios no UFC, alcançando nove defesas de cinturão bem-sucedidas e diversos recordes na categoria que perduram até hoje. No que marcou sua despedida dos octógonos, ‘GSP’ venceu Michael Bisping e se tornou campeão peso-médio, em 2017, após um hiato na carreira de quatro anos, ampliando ainda mais seu legado na entidade.