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Sonnen sugere que UFC mantenha Jon Jones sob contrato como forma de punição

Demorou, mas Chael Sonnen também se pronunciou a respeito da nova polêmica protagonizada por Jon Jones. Em setembro, o ex-campeão do UFC foi preso, em Las Vegas (EUA), por praticar violência doméstica, lesão corporal e violação de veículo da polícia, porém foi solto após pagar fiança. Sendo assim, parte da comunidade do MMA, insatisfeita com a postura de ‘Bones’, pediu para a organização cortá-lo de seu plantel como forma de punição. Contudo, o veterano, um dos muitos rivais do atleta, sinalizou que a forma de puni-lo deve ser outra.

Em seu canal oficial no ‘YouTube’, o ex-lutador e atual comentarista se posicionou contra os pedidos de parte dos fãs para o UFC se ver livre de Jones. De acordo com o veterano, se a maior organização de MMA do mundo cortar o ex-campeão dos meio-pesados (93 kg) de seu plantel, imediatamente, as demais companhias do esporte iriam abordá-lo.

Por mais que Jones seja polêmico e, constantemente, se envolva em episódios lamentáveis com a lei, suas realizações no MMA não devem ser esquecidas. Sendo assim, Sonnen indicou que a maneira mais eficaz de castigar a estrela do esporte é, justamente, manter o profissional por perto, o impedindo de atuar e, consequentemente, ganhar dinheiro. Vale destacar que os lutadores do UFC só recebem salários quando atuam no octógono e ‘Bones’ não é visto nele desde fevereiro de 2020.

“Se você quiser que Jones seja cortado, minha próxima pergunta é: por que? Essa resposta seria óbvia: machucá-lo, castigá-lo, certo? Tem certeza que quer que ele seja cortado? Se você quer machucá-lo ou puni-lo, tem certeza que quer que ele seja cortado? Se você liberar um cara, não terá controle sobre ele e poderá tentar adivinhar o que o mercado vai fazer. Mas se ainda o tiver sob contrato, você controlará essa resposta. Se você liberar Jones com o espírito de machucá-lo em mente, verá onde isso começa a se tornar um problema”, analisou Sonnen, antes de completar.

“Desde a noite em que Jones lutou com Reyes, eles não entregaram um pagamento para ele. Jones está ‘desempregado’, não está licenciado no momento. Existem etapas e obstáculos para percorrer. Ele não tem patrocinadores, não está escrevendo um livro, não tem uma sessão para autógrafos chegando, não dá seminários. Com toda a justiça, isso é um grande castigo. Você sanciona alguém economicamente, pelo amor de Deus, as potências mundiais fazem isso umas com as outras. É tão eficaz, tão prejudicial. Se a ideia de liberar Jones está vindo de um ponto de vista de machucá-lo, quero permanecer com ele”, concluiu.

A aparição de Jon Jones em Las Vegas era por um motivo nobre, já que o mesmo foi homenageado pelo UFC e passou a integrar o ‘Hall da Fama’ pela luta que disputou com Alexander Gustafsson, em 2013. No entanto, horas depois, ‘Bones’ foi preso. Agora, o atleta terá que comparecer a uma audiência no final de outubro. Atento ao que acontece com o lutador, Dana White, líder da organização, avisou que vai monitorar a situação e criticou a estrela do MMA por perceber que precisa largar o álcool tarde demais.

No passado, Jones se envolveu em diversos problemas com a lei. Em 2012, ‘Bones’ sofreu um acidente em Nova York (EUA) e foi preso por dirigir alcoolizado. Em 2015, a polícia de Albuquerque (EUA), informou que o ex-campeão do UFC ultrapassou um sinal vermelho, bateu seu carro no veículo de uma mulher grávida e teria fugido a pé do local, sem prestar socorro, deixando a mesma ferida.

Após a inspeção, os policiais encontraram um cachimbo com maconha dentro do carro do lutador. Em 2019, Jones foi acusado de agressão por uma garçonete de um clube para adultos. A funcionária alegou que ‘Bones’ lhe deu um tapa, a colocou em um estrangulamento, beijou seu pescoço e tocou suas partes íntimas sem a permissão. O atleta também possui histórico com utilização de armas de fogo, drogas e substâncias proibidas.

Jornalista formado, especializado em MMA. Também acompanho boxe, boxe sem luvas, boxe de celebridades e WWE.

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