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Roger Gracie revela momentos de tensão enquanto se recuperava do COVID-19

Com a propagação ainda maior do coronavírus pelo mundo, muitos atletas profissionais começam a sentir na pele os efeitos de serem infectados pelo vírus. Que o diga Roger Gracie, apontado como o maior competidor de jiu-jitsu de todos os tempos. O faixa-preta de jiu-jitsu, que mora em Londres, foi diagnosticado com COVID-19 e sofreu com sintomas sérios, incluindo falta de ar e batimento cardíaco acelerado.

Em entrevista ao canal de Youtube de Fábio Gurgel, a lenda da arte suave revelou que, antes de ser infectado, era descrente sobre o poder desse vírus, mas quando realmente soube que estava com coronavírus percebeu a força com a qual seu corpo passava a lidar. O ex-lutador do UFC destacou a febre alta ao longo de dez dias e o constante cansaço muscular como os principais sintomas, além de revelar que por duas noites sentiu falta de ar e precisou ser atendido por profissionais da saúde.

“Eu era um desses milhares achando que não me afetaria, que não ia pegar e que seria no máximo uma gripezinha. Não deixa de ser uma gripe, meu quadro não ficou tão grave, mas foi longo, né!? Demorou dez dias com febre alta e isso que me destruiu. A febre chegou a 40, 41 graus e subiria mais se eu não tomasse remédio. Mas não tem o que fazer, né?! Não tem um remédio específico para tomar. É tomar uma novalgina e ficar descansando. Foi chato, porque fiquei duas semanas de cama, sem nem conseguir levantar e a energia vai lá no chão. Um dia eu acordei com falta de ar, coração acelerado e minha respiração estava diferente. Foi quando vi que era grave e me assustou um pouco. Liguei para o hospital, falei com o médico, fez exame pelo telefone mesmo e mandou eu contar de um a 30 para saber o quão de ofegante eu estou. Ele me mandou descansar e tomar esses remédios, ficar em casa. Dia seguinte acordei melhor já”, disse o lutador, emendando sobre a vez em que foi atendido em uma ambulância.

“No sétimo dia, com a febre baixando achei que fosse só melhorar. Mas no oitavo dia acordei pior, me sentindo esquisito, febre voltou a ficar muito alto. Dessa vez vieram aqui em casa. O que estava sentindo de esquisito era a oxigenação do meu corpo, que estava baixa, mas o meu pulmão estava bem. Dentro da ambulância fizeram mais alguns testes e depois começou a voltar ao normal e eles disseram que era melhor eu ficar em casa. Lá eu estaria em uma área que estariam só as pessoas infectadas. Não precisei fazer oxigenação, porque estava no limite. Fiquei mais dois dias com febre, no 11º não tinha febre, mas acordava todo suado, mas sentia que estava melhorando”, explicou o atleta que foi campeão pelo ONE Championship.

Com a questão do vírus ser muito fácil de passar de uma pessoa para outra, Roger admitiu que quem estava na mesma casa que ele também foi infectado. Foi o caso da sua namorada e da diarista que trabalha na residência. Porém, segundo ele, sua namorada não teve graves sintomas e ficou poucos dias de cama, ao contrário da outra que pegou COVID-19.

“Fiquei com minha namorada e a moça que trabalha na casa dela. Acabou que passei para todo mundo. Mas eles não tiveram tão grave. Aliás, a menina que trabalha lá ficou ruim que nem eu, uns 15 dias de cama. Minha namorada ficou quatro dias só e passou”, completou.

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