O UFC Las Vegas 6, realizado no último sábado (8) teve uma importância gigante para Chris Weidman. O americano, que convivia sob a desconfiança por atravessar um mal momento na organização, voltou a sentir o sabor da vitória ao derrotar Omari Akhmedov, na co-luta principal da noite, por decisão unânime dos jurados.
Em coletiva de imprensa após o evento, com presença da reportagem da Ag.Fight, o ex-campeão do peso-médio (84 kg) destacou o sentimento de alívio de poder acabar com o jejum de triunfos. O algoz de Anderson Silva afirmou que, após retomar o caminho dos triunfos, recuperou a motivação para recomeçar a escrever sua história na divisão.
“Acho que foi um grande momento para mim voltar ao peso-médio para enfrentar um cara muito duro e sair com uma vitória muito disputada. Acho que isso me coloca de volta à categoria onde quero estar. Sinto que estou renovado e recomecei aqui”, disse.
Antes de derrotar Akhmedov, Weidman se aventurou na divisão dos meio-pesados (93 kg) e foi nocauteado por Dominick Reyes, em dezembro de 2019. Após esse confronto, o presidente do UFC, Dana White, até sugeriu que o americano se aposentasse do MMA. Agora, ao somar sua 15ª vitória na carreira, ‘All American’ recordou o tratamento que recebeu e valorizou sua força de vontade para superar as críticas.
“Já passei por tantas adversidades, recebi tantas críticas. De ser o campeão mundial invicto para nunca realmente receber o amor ou o respeito que eu sentia que merecia quando eu estava por cima, para finalmente sendo derrubado, com todo mundo tentando me chutar quando eu estava no chão”, desabafou o atleta, emendando.
“Superar isso é uma mentalidade de campeão. Uma grande parte de mim me empurrando, continuando a fazer o que faço e com a confiança que tenho para ajudar a inspirar outras pessoas. A vida não vai acabar da maneira que você deseja o tempo todo. Você tem que ser capaz de seguir em frente. Não terminei de mostrar ao mundo do que sou capaz. Nesses momentos, simplesmente não desista. Siga em frente”, completou.
Weidman sagrou-se campeão do UFC em 2013, quando nocauteou o até então invencível no UFC, Anderson Silva. O americano ainda manteve o título em três defesas seguidas – em revanche contra ‘Spider’ e lutas contra Lyoto Machida e Vitor Belfort – mas depois viu sua boa fase se encerrar. Em 2015, ele perdeu o título para Luke Rockhold e, após esse duelo, só venceu Kelvin Gastelum, acumulando reveses para Yoel Romero, Gegard Mousasi, Ronaldo ‘Jacaré’ e Dominick Reyes, até se recuperar e bater Omari Akhmedov.