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Ponzinibbio recusa Vicente Luque e desafia Dos Anjos para luta principal do UFC Uruguai

Santiago tenta usar o ótimo momento para conseguir lutas de maior apelo – Marcel Alcântara

Santiago Ponzinibbio é um dos maiores nomes do cenário sul-americano dentro do UFC atualmente. E após liderar um card na Argentina, seu país natal, o meio-médio (77 kg) pretende fazer o mesmo no evento agendado para o dia 10 de agosto no Uruguai. E, assim como no show anterior, ‘Gente Boa’ mira Rafael Dos Anjos como seu oponente, conforme o próprio revelou em entrevista exclusiva à reportagem da Ag Fight.

Na primeira oportunidade, no evento em Buenos Aires, o duelo não saiu do papel e Santiago acabou encarando Neil Magny – a quem venceu por nocaute. E agora, com outro card confirmado na América do Sul, Ponzinibbio apelou para a rivalidade sul-americana para promover o possível combate e fazer o brasileiro aceitar a luta.

“Queria lutar no Uruguai claro, Montevidéu fica a uma hora de barco de Buenos Aires, bem em frente. Mas a cultura de Uruguai e Argentina são muito parecidas, até a bandeira, tem o mesmo coração, mesma tradição. Respeito à música, várias coisas. Quase povos iguais, então, para mim, lutar no Uruguai seria lutar em casa. Mereço isso, minhas últimas três lutas fiz dois ‘main events’ e ganhei os dois por nocaute as duas vezes. Provei que estou preparado para essa classe de desafio, mereço lutar o main event. Agora contra quem?”, questionou o argentino.

Uma possível alternativa seria Vicente Luque que, além de ser brasileiro, é filho de chileno. ‘O Assassino Silencioso’, como é conhecido, vem de cinco vitórias consecutivas na divisão. A última delas, inclusive, veio acompanhada de um pedido para encarar Ponzinibbio em seguida – possibilidade descartada pelo próprio argentino.

“Acredito que mereço um atleta melhor. Porque o Vicente Luque, ele nunca lutou com um atleta ranqueado, está bem atrás de mim. Tenho sete vitórias consecutivas, últimas três contra ranqueados, duas lutas principais com nocaute. Ganhei do número 8 do mundo por nocaute e ele nunca lutou com um cara do ranking. Quando ele lutou com um cara do ranking, quando ele nem estava ranqueado, contra o Leon Edwards, ele perdeu. Então ele está bem atrás de mim, essa é a realidade. Queria lutar com o Rafael dos Anjos, que é uma luta que faz sentido. Ele (Dos Anjos) ganhou de um cara, vem de vitória eu também. A luta faz total sentido. Seria uma luta que venderia muito no Uruguai, seria espetacular com certeza”, completou Gente Boa.

Atual número nove do ranking, Santiago opinou que sua fase – já são sete vitórias consecutivas – faz por merecer um adversário melhor ranqueado. Sendo assim, as opções disponíveis dentro da categoria nessa situação são Dos Anjos e Darren Till. E, de acordo com ‘RDA’, o argentino recusou um combate contra o inglês em março deste ano. Ao tomar conhecimento da declaração do brasileiro, Ponzinibbio esclareceu a situação e explicou o seu lado da história à Ag Fight.

“O Rafael dos Anjos diz que eu recusei enfrentar o Darren Till porque ele correu de mim, e eu falei isso, todo mundo sabe disso. Ficou claro que ele não queria lutar comigo. Na Argentina porque era longe, depois não sei porque e acabou lutando com um cara 155 (70 kg). Está bem, ele precisava dessa vitória e conseguiu ganhar, se ele lutasse comigo iria perder, ele sabia. Agora, talvez depois dessa vitória, ele aceite lutar comigo. Mas o que ele falou que eu recusei luta com Darren Till é mentira, eu não recusei, falei que não estava apto para lutar em março. O UFC me ofereceu a luta do Darren Till sim, é verdade. Mas antes de mim, o UFC ofereceu para ele essa luta, o esquema do UFC é para o Dos Anjos, e não para mim. Mas eu estava com problema no joelho e não podia lutar em março. (…) Ele recusou a luta do Darren Till também. Se ele é homem, que aceite lutar comigo agora, ele vai correr de novo com certeza”, finalizou o argentino, de maneira hostil.

Dos Anjos vem de vitória sobre Kevin Lee no último sábado (18), em Rochester. Santiago, por sua vez, não entra em ação desde novembro do ano passado, quando nocauteou Neil Magny em Buenos Aires no quarto assalto da disputa.

 

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