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Peso-pesado do UFC se defende após polêmica com atletas do MMA feminino; entenda

Paige VanZant foi um dos alvos do americano Curtis Blaydes – Diego Ribas

Criticado por seus comentários sobre lutadoras que utilizam sua beleza e sensualidade para conseguir popularidade e contratos de publicidade, Curtis Blaydes fez questão de deixar claro que não tem nada contra o MMA feminino. Em entrevista ao site ‘MMA Fighting’, o peso-pesado do UFC explicou que seu descontentamento tem como alvo atletas que não demonstram no octógono as habilidades necessárias para fazer parte do plantel do Ultimate, mas continuam tendo oportunidades em razão do potencial de marketing que trazem, independente do gênero.

Em suas declarações iniciais, feitas nas redes sociais há alguns meses, Blaydes chegou a citar nominalmente Paige VanZant e Rachael Ostovich como exemplos de lutadoras que, apesar dos poucos méritos esportivos, em sua opinião, continuavam a gozar de prestígio dentro do UFC por apelarem para a sensualidade, ao constantemente publicar fotos de biquíni em redes sociais. Apesar de incluir atletas masculinos em sua crítica desta vez e evitar dar exemplos femininos por nome, o americano voltou a demonstrar incômodo com o fato de, mesmo com resultados negativos dentro do octógono, alguns de seus colegas serem tratados de forma diferente pela organização por motivos fora da âmbito esportivo.

“Eu amo assistir as principais garotas entrarem lá dentro (do octógono) e exibir um alto nível de luta. Nós acabamos de ver no UFC 248, Joanna (Jedrzejczyk) e (Zhang) Weili, aquela foi uma das melhores lutas que eu já vi, independentemente do gênero. Mas assim como existem caras na divisão masculina que eu sinto que não fazem um bom trabalho representando o MMA, e eu sinto que não merecem um lugar no plantel. Não vou falar nomes, mas existem caras que não merecem e existem garotas que não merecem. Eu gostaria de ter tido a oportunidade de entrar no UFC baseado em qualquer coisa além das minhas habilidades no octógono, mas eu tenho que ir para a academia e aperfeiçoar meu ofício, ir lá e vencer alguém”, ressaltou Curtis Blaydes, antes de continuar.

“Seu cartel deveria ser indicativo de um lutador de alto nível mundial. Estar no UFC com um cartel de 6-5 ou 5-4, não parece que você deveria estar no UFC. Depois de assistir algumas lutas, o nível de habilidade não está lá. Elas estão usando a mesma combinação repetidamente, e isso não é efetivo. Você não tem um plano B. Você tem uma combinação (de golpes) e está lutando há oito anos. Você deveria ter mais do que uma combinação depois de oito anos no MMA. Existem muitas garatos assim. Elas têm uma habilidade, um movimento, e eu as vejo assinando com o UFC, e eu as vejo sendo pagas. Eu acho que esses lugares deveriam ir para outras garotas, mas elas não são tão comercializáveis, eu acho”, criticou o peso-pesado.

Citada por Blaydes em sua primeira leva de críticas, Paige VanZant é um das lutadoras de MMA mais populares da atualidade. Com mais de 2,5 milhões de seguidores no ‘Instagram’, a americana – que possui oito vitórias e quatro derrotas em seu cartel – já admitiu que ganha mais com publicidades em suas redes sociais do que em suas lutas pelo UFC. Outra que teve o nome incluído nas declarações iniciais do peso-pesado, Rachael Ostovich acumula 4 triunfos e cinco reveses em sua carreira como profissional, e ostenta em torno de 685 mil fãs no ‘Instagram’.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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