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Paulo ‘Borrachinha’ revela artimanhas e catimba de Romero durante luta no UFC 241

Paulo ‘Borrachinha’ venceu Yoel Romero na decisão dos jurados – Diego Ribas

Foram três rounds de pura trocação em pé, e ao final dos 15 minutos da guerra travada no octógono do UFC neste sábado (17), em Anaheim (EUA), Paulo ‘Borrachinha’ carregava as marcas da batalha em seu rosto. Mancando, com os lábios inchados e com um breve sangramento no nariz, o peso-médio (84 kg) compareceu à coletiva de imprensa e revelou que além de lidar com o talento de Yoel Romero no octógono, precisou administrar as tentativas de catimba do cubano.

De acordo com o relato de Borrachinha, Yoel usou o limite das regras e da malandragem para confundi-lo e por vezes ganhar minutos de descanso no octógono. E se não fosse tamanha experiência do vice-campeão de wrestling, o atleta brasileiro de 27 anos afirma que poderia ter liquidado a fatura antes do final do tempo regulamentar.

“Eu lembro de três momentos. Dei um soco nele e ele sentiu, ele levou knock down. Aí ele apontou para o lado e eu olhei, e ele me deu um golpe. Foi primeira artimanha (utilizada)”, narrou, sem parecer estar irritado com as dificuldades impostas além do previsto.

“Depois, no segundo round, acertei uma forte joelhada no abdômen e ele sentiu. Dei outra e ele disse que foi nas testículos. Mas acho que não pegou, e se pegou, não foi em cheio, ele valorizou, descansou muito tempo. E depois ainda teve um dedo no olho. Fiquei com a visão turva e precisei de tempo para me recuperar. Isso ajudou ele a recuperar o gás. Não fosse isso, talvez eu teria nocauteado”, analisou cerca de uma horas após o duelo chegar ao fim.

Curiosamente, Borrachinha, que ampliou sua invencibilidade para 13 triunfos no MMA profissional, não foi reverenciado pelo torcida presente no ginásio Honda Center. Ao ser anunciado como vencedor do duelo, o atleta brasileiro rapidamente foi vaiado a ponto de precisar esperar uma brecha dos críticos para poder se manifestar no microfone.

“Olha, me surpreendeu, mas acho que é porque gostam muito dele aqui na Califórnia. Também ouvi vaias na pesagem, ele é um atleta querido pelos fãs”, minimizou o lutador que enalteceu o trabalho de ser corner por orientá-lo de forma correta quando à pontuação de cada round.

“Sim, eu sabia que tinha vencido. Meu irmão me falou que tinha vencido o primeiro e o segundo rounds. Mas, claro, também parti para cima no terceiro porque nunca sabemos como é a cabela dos juízes”, finalizou Paulo Costa, que prometeu esperar pela sua chance de disputar o cinturão dos pesos-médios (84 kg) contra o vencedor da luta entre Israel Adesanya e Robert Whittaker.

Editor da Ag Fight e colunista do UOL, Diego Ribas cobre MMA desde 2010 e atualmente mora em Las Vegas

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