Uma semana após o veto às bandeiras no Ultimate ser derrubado, uma cena chamou a atenção dos fãs de MMA durante o UFC Vegas 81, no último sábado (13). Na entrada do que seria sua estreia entre os pesos-médios (84 kg) da liga, Michel Pereira surpreendeu ao se encaminhar para o octógono com a bandeira de Israel. Após derrotar Andre Petroski, o lutador brasileiro explicou a motivação do gesto.
Durante a coletiva de imprensa pós-evento, Michel destacou que o recente e sem precedentes conflito entre Israel e Palestina o motivou a expressar uma espécie de apoio e homenagem às vítimas. De acordo com o ‘Paraense Voador’, que alegou ter amigos na região do Oriente Médio, os vídeos de ataques armados – sobretudo envolvendo crianças – o emocionaram bastante, ao ponto de ter a ideia de carregar a bandeira israelense em sua mais recente luta.
“A bandeira é por causa da guerra que está rolando lá em Israel. Estou muito triste pelo que está acontecendo. Tenho amigos de Israel. Vi uns vídeos que mexeram muito comigo. Eu tenho criança pequena agora, me coloco no lugar do israelense. Vi um vídeo de uma criança sendo acordada, com fome, sem o pai e a mãe (…) Hoje com filho pequeno, chega a dar uma dor no coração, porque me coloco no lugar. Então decidi homenagear hoje Israel”, explicou o brasileiro.
Tema divide opiniões
A homenagem de Michel Pereira não foi a primeira reação ao conflito vinda de um membro da comunidade do MMA. Lutador de origens palestinas, Belal Muhammad foi duramente criticado por Sean Strickland, campeão peso-médio (84 kg) do UFC, ao externar publicamente seu apoio à Palestina há cerca de dez dias.
Principal nome da modalidade, Conor McGregor também se manifestou sobre o tema através de suas redes sociais. Aparentemente emocionado e tocado com as milhares de mortes oriundas dos ataques de ambas as partes envolvidas no conflito, o astro irlandês fez um apelo pelo fim do confronto na região.