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Kayla Harrison elogia Amanda Nunes e projeta hipotético duelo no futuro: “Longo caminho”

Amanda Nunes e Kayla Harrison são companheiras de time na ATT – Diego Ribas

Bicampeã olímpica no judô, Kayla Harrison migrou para o MMA sendo tratada como uma futura estrela do esporte. Soberana no peso-leve (70 kg) do PFL, onde conquistou o título da temporada 2019, a americana segue invicta após sete pelejas e corrobora, com seu domínio sobre as adversárias, a expectativa gerada por sua chegada na modalidade. Companheira de equipe de Amanda Nunes na ‘American Top Team’, a lutadora já começa a ver seu nome ligado ao da brasileira em uma hipotética disputa.

Especulação que a ex-judoca faz questão de esfriar. Em entrevista à emissora americana ‘ESPN’, Kayla ressaltou a boa relação com a campeã peso-galo (61 kg) e peso-pena (66 kg) do UFC, a quem considera a melhor de todos os tempos e uma das responsáveis por ter escolhido a ‘American Top Team’ como base de seus treinos desde o início do processo de migração para o MMA. Apesar do relacionamento de companheirismo com Amanda, a americana tem ciência de que para atingir o topo do MMA feminino precisará destronar a baiana em algum momento, mas espera que o respeito mútuo demonstrado por ambas não se perca no meio do processo, como aconteceu com outros dois membros da ‘ATT’: Jorge Masvidal e Colby Covington.

“Ela é meu exemplo a seguir, ela é uma das maiores atletas dos esportes de combate de todos os tempos e ela é quem eu aspiro ser como. Nós temos uma relação amistosa, eu gosto muito da Amanda e tenho muito respeito por ela. Ela é a GOAT (sigla em inglês para ‘melhor de todos os tempos’), ela é meu exemplo. Com certeza (ela foi uma das razões pelas quais escolheu treinar na ATT), 100 por cento. Eu fiquei uma semana lá, quando eu estava experimentando academias diferentes. Tinha ido para a academia do Frankie Edgar, fui para (Las) Vegas, e depois vim para a ATT. Eu estava treinando (MMA) apenas há uns dois meses e no meu segundo dia lá, eu fiz sparring com ela (Amanda). E eu nunca tinha levado uma surra de uma mulher como eu levei. Lembro que no dia seguinte eu tinha machucados por todo meu corpo, até na minha barriga, e eu fiquei pensando: ‘O que? Como? Eu fui atingida por um caminhão? O que aconteceu aqui?’”, revelou Kayla, antes de comentar sobre um futuro duelo contra a companheira de equipe.

“Eu não acho que vai ser tão cedo, e se acontecer, eu espero que a gente o faça com mútuo respeito e que a gente não se torne Jorge (Masvidal) e Colby (Covington). Eu nunca iria querer que acontecesse isso, eu a respeito demais. É um longo caminho. Eu ainda estou no começo da minha carreira, ela é a maior de todos os tempos, eu sei que tenho muito a provar para estar a apta a considerar estar pronta para pisar num cage com ela. E eu entendo e respeito isso”, explicou a americana.

Medalha de ouro no judô nas Olimpíadas de Londres e do Rio, em 2012 e 2016, respectivamente, Kayla Harrison iniciou sua trajetória no MMA profissional em 2018, já pelo PFL. Na temporada do ano passado, a americana venceu os quatro confrontos que fez e se sagrou campeã peso-leve ao derrotar a brasileira Larissa Pacheco na grande final do torneio. Já Amanda Nunes é a atual campeã peso-galo e peso-pena do UFC.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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