Campeã das duas temporadas realizadas pelo PFL, até o momento, do torneio peso-leve (70 kg) feminino, Kayla Harrison se encontra livre no mercado. Além da possível renovação contratual com a organização que lhe abriu as portas para competir no MMA, a ex-judoca – medalhista de ouro nas Olimpíadas de Londres e do Rio de Janeiro – parece disposta a ouvir propostas de outras grandes ligas, como o UFC e o Bellator.
Se o Bellator, através de seu presidente, Scott Coker, já expressou interesse na contratação de Harrison, o caso do UFC é diferente. Perguntado sobre a possível chegada da lutadora como reforço para o plantel estrelado do Ultimate, Dana White – dirigente máximo da organização – minimizou o ‘hype’ envolvendo a estrela do PFL e questionou o nível de competição enfrentado por ela na liga rival.
A postura do presidente do UFC, no entanto, não parece tirar o sono da bicampeã olímpica. Em entrevista ao site ‘MMA Fighting’, Kayla minimizou as duras palavras do cartola e assumiu a responsabilidade de provar para Dana que vale o investimento de uma possível contratação para integrar o elenco do Ultimate.
“Dana já disse muitas coisas antes. É o meu trabalho. Se eu quiser lutar no UFC algum dia, se eu quiser lutar no peso-pena do UFC algum dia, então é meu trabalho provar a ele que eu valho o investimento e o risco. Tudo que posso fazer é continuar a entrar lá e ser tão dominante e continuar a ser tão boa que você não possa me ignorar. Eu sei que vou fazer isso. Ele diz muitas coisas e eu sei que farei ele engolir suas palavras, e ele vai sorrir quando fizer isso, e vai ser incrível. Eu não estou preocupada com isso. Essa hora vai chegar”, cravou Kayla Harrison.
Financeiramente, a renovação contratual com o PFL parece ser a opção mais vantajosa para Kayla, tendo em vista que, além de ser uma das principais estrelas da entidade, a americana já provou que é praticamente imbatível no peso-leve feminino da liga e sempre entrará como a maior favorita à conquista do torneio da categoria e, consequentemente, ao prêmio de 1 milhão de dólares pelo título, o qual já levou para casa em duas ocasiões.
Já na questão esportiva, o melhor caminho a ser seguido pela ex-judoca, na visão de boa parte dos fãs e especialistas, parece ser sua transferência para uma organização maior, como o UFC ou o Bellator, onde Kayla poderia se testar contra adversárias mais renomadas e, com isso, qualificar seu currículo. Em ambos eventos a americana teria que descer para a divisão dos penas (66 kg) e teria pela frente atletas brasileiras para destronar em uma potencial disputa de título.
No UFC, Amanda Nunes reina soberana na categoria, enquanto Cris ‘Cyborg’ é a campeã até 66 kg do Bellator. Outro fator que pode pesar na decisão final da ex-judoca é a relação com a campeã do Ultimate. Apesar de não serem amigas pessoais, ambas treinam e representam a bandeira da ‘American Top Team’, e, como o próprio dono da equipe – Dan Lambert – já deixou claro, colocar duas de suas maiores estrelas frente a frente em uma disputa de título não faz parte dos planos.