Em redes sociais, Molly tem mostrado muito seus treinos no muay thai – Reprodução/Instagram
Molly McCann é praticamente desconhecida do fã de MMA brasileiro, mas ela planeja se notabilizar neste sábado (16), quando enfrentará Priscila ‘Pedrita’ no UFC Londres. A inglesa elogiou a atleta da equipe ‘PRVT’, mas afirmou que a capacidade de absorção de golpes da brasileira fará com que o duelo seja um verdadeiro ‘banho de sangue’ a seu favor.
‘Meatball’ declarou, em entrevista ao podcast ‘Eurobash’, que gostou do casamento de estilos entre as duas. Segundo a britânica, o fato de ambas as atletas serem mais dedicadas à luta em pé deve animar bastante os torcedores que estarão na O2 Arena.
“Mick Maynard mandou o contrato, mandou o nome e eu estava tipo: ‘Aqui vamos nós, p****’. Ela estava invicta antes de chegar no UFC. Eu tive uma decisão de m**** contra mim no Brasil (contra Vanessa Melo, em 2015, no XFC), mas eu perdi minha estreia no UFC e ela, a dela. São duas strikers que nocauteiam pessoas e nós duas fomos finalizadas. É uma luta muito justa”, falou.
De acordo com McCann, muitas pessoas a colocaram como favorita absoluta no duelo. Apesar de reiterar que vencerá ‘Pedrita’, Molly pediu mais respeito à brasileira e usou como exemplos o cartel invicto de Priscila até a chegada ao UFC e a resistência que ela mostrou ao ser completamente dominada por Valentina Shevchenko, no início de 2018.
“Muitas pessoas disseram a mim: ‘Molly, essa luta é sua. Olhe o estilo dela, a técnica… É horrível e blablablá. Eu acredito 100% que vou ganhar e que vou matá-la, mas ela chegou onde chegou e conquistou o cartel que tem porque ela não dá golpes como uma pessoa normal. Ela é tão heterodoxa que você não vê a m**** vindo, e os golpes que te nocauteiam são aqueles que você não vê. Não estou dizendo, de jeito nenhum, que ela vai me nocautear, mas eu disse às pessoas: ‘Vocês precisam dar mais crédito a essa garota’. No primeiro soco que ela levou de Shevchenko, ela recuou e o joelho dela estourou. Ela passou quase dois rounds inteiros com um ligamento cruzado anterior rompido e não desistiu quando estava levando socos e cotoveladas no chão”, disse.
“A única maneira de eu acabar com ela é com uma interrupção do juiz ou uma finalização. Todos nós sabemos que eu estou lá para socar cabeças. Acho que ela virá com tudo até mim. Se ela não fizer isso, ficarei chocada, porque ela não tem um gás que se compare com o meu. Sei que se formos ao segundo e ao terceiro rounds, vou conseguir dois 10-8, impondo meu ritmo e entrando e saindo”, acrescentou.
Justamente por conta da dificuldade que ‘Pedrita’ impõe às adversárias no quesito absorção de golpes, McCann declarou que o confronto tende a ser um “banho de sangue”. Ela citou um vídeo a que assistiu no YouTube e concordou com o comentarista virtual, por enxergar que tanto ela quanto a brasileira vão se entregar ao máximo dentro do octógono.
“Vi alguém no YouTube fazendo uma análise do nosso combate. [A pessoa] Disse: ‘Essa é uma candidata a Luta da Noite. Você tem duas garotas cujas carreiras estão em jogo nesta noite’. Essa é uma luta para mudar nossas vidas. É aquela em que você quer um nocaute ou uma finalização. Vai ser um banho de sangue, acho”, afirmou.
Molly McCann tem 28 anos e nove lutas em seu cartel. A atleta, natural de Liverpool (ING), conquistou sete vitórias e sofreu duas derrotas na carreira, que começou em 2015. ‘Pedrita’ tem o mesmo número de combates, com oito triunfos e um revés. Sua estreia no MMA profissional foi há três anos.