Tony Ferguson teria recusado disputar o cinturão interino do UFC – Diego Ribas
No início da semana, Dana White, presidente do UFC, afirmou que Tony Ferguson, ex-campeão interino dos pesos-leves (70 kg), não poderia lutar em um futuro próximo pois precisaria de tempo para resolver problemas pessoais. E nesta quinta-feira (14), um site especializado na cobertura de MMA parece ter encontrado as razões para o alerta do dirigente.
De acordo com a publicação do ‘MMA Junkie’, Cristina Ferguson, esposa do lutador, teria pedido uma medida protetiva contra o veterano, pai de seu filho de dois anos de idade. A medida seria o resultado de diversas chamadas policiais nos últimos meses, que quase sempre contavam com atitudes estranhas e descontroladas do lutador. O serviço de prevenção de violência doméstica do condado em que ela mora, na Califórnia (EUA), agendou uma investigação para 22 de março e uma audiência de violência doméstica para 5 de abril.
Conforme os documentos obtidos pela reportagem, os distúrbios na residência da família Ferguson teriam começado em janeiro de 2018 e se intensificado neste ano, quando os policiais foram chamados em pelo menos cinco ocasiões. Em nenhuma delas o lutador teria sido detido ou convidado a depor. No entanto, os detalhes dos relatos chamam a atenção.
Em um deles, Ferguson teria trocado as fechaduras da casa sem avisar a esposa. Em outra, um vizinho teria dito aos policiais que o atleta não dormia fazia três dias e que ele havia quebrado a churrasqueira, além de repetir que alguém teria implantado um chip em sua perna. Ao falar com o lutador, o oficial relatou que o mesmo afirmou que “havia alguém dentro das paredes (da casa)”.
Três dias antes, Cristina teria pedido ajuda policial por não conseguir conter o marido que, embora não tenha aparentado sinais de violência, demonstrava estar fora de si e seguidamente jogava “água santa” nela. De acordo com os relatos, Tony teria se recusado a buscar o auxílio de médicos enquanto seu caso se tornava pior. Ainda não há um posicionamento oficial sobre o caso, tanto por parte do atleta como do UFC.
Ainda em silêncio, o veterano de 35 anos pode colocar em risco o auge de sua carreira. Com 11 vitórias seguidas na organização, o americano foi convocado, de acordo com Dana White, para enfrentar Dustin Poirier ou Max Holloway pela disputa do cinturão interino. Ele, no entanto, optou por não enfrentar nenhum deles, aparentemente, esperando pelo retorno de Khabib Nurmagomedov, atual campeão linear.