Depois de 22 lutas em quase dez anos de trajetória no peso-leve (70 kg) do UFC, Edson Barboza estreia na categoria de baixo diante de Dan Ige neste sábado (16), em Jacksonville (EUA). Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, o veterano admitiu que, apesar da larga experiência, está ansioso para debutar e respirar novos ares no peso-pena (66 kg), com novos desafios e adversários, ainda que um em especial esteja, em teoria, fora de seu alcance atualmente.
Bastante entusiasmado com o início de uma nova fase em sua carreira, Edson lamenta apenas não ter como concorrente e potencial rival de categoria José Aldo. Considerado por Barboza como o maior lutador da história na divisão até 66 kg, o manauara – ex-campeão peso-pena do UFC – tomou decisão similar a do lutador de Nova Friburgo (RJ) e desceu para o peso-galo (61 kg) em busca de novos ares. Com estilo de luta semelhante, Edson revelou que acreditava que um duelo contra o compatriota acabaria acontecendo se ambos estivessem na mesma classe de peso.
“É uma estreia, é muito louco isso, porque eu estou sentindo essa sensação de estreia, de ser tudo diferente. Com 22 lutas no UFC na categoria de cima, e agora em uma categoria nova, adversários novos, então bate aquela ansiedade. Ao mesmo tempo em que eu estou bem tranquilo por causa da experiência, eu estou naquela ansiedade de ser uma coisa nova para mim. Isso me motivou muito nos treinamentos e eu estou muito feliz com isso”, contou Edson, antes de revelar que acreditava em um hipotético confronto diante de José Aldo.
“Eu sempre achei que o José Aldo ia ficar na categoria e eu pensava que poderia lutar com ele, que eu ia ter o prazer de enfrentá-lo se ele continuasse nessa categoria. Era uma luta que eu achava que iria acontecer, mas ele desceu também. Por causa do nosso estilo. E, para mim, ele é o maior peso-pena da história”, revelou o atleta da ‘American Top Team’.
No MMA profissional desde 2009, Edson Barboza soma 20 vitórias e oito derrotas em seu cartel, com 14 triunfos e todos os reveses tendo acontecido no octógono mais famoso do planeta. Em quase dez anos de trajetória no UFC, o lutador fluminense se manteve sempre próximo ao topo da divisão dos leves, mas nunca conseguiu chegar a uma disputa de título.
Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.