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Edson Barboza enaltece foco em meio a má fase: “Não penso no que passou”

Edson Barboza acumula 20 vitórias e sete derrotas em sua carreira profissional – Rigel Salazar

Edson Barboza retorna ao octógono no próximo sábado (7) contra Paul Felder, pelo UFC 242, que será realizado em Abu Dhabi (EAU). Vindo de três derrotas em suas últimas quatro aparições no octógono do Ultimate, Edson não parece acreditar em má fase. Para ele, o momento vivido faz parte da carreira de todo lutador. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, o atleta fluminense afirmou que prefere focar no presente, ignorar o passado e não pensar no futuro.

Com contrato vigente com a organização por mais algumas lutas, o especialista na trocação admitiu que não traça planos para o futuro, incluindo uma possível mudança de categoria – nem se atém ao passado. E, é pensando no presente que Barboza afirmou à Ag. Fight que se sente na melhor forma da carreira.

“(Perder) É parte da jornada de um atleta. Você ganha e você perde. E, infelizmente, eu perdi minha última luta. Mas eu tenho lutado com os melhores do mundo. Perder faz parte. Acho que eu tenho mais três lutas no contrato. Pode ser que aconteça (mudar de categoria), mas eu sou um cara que pensa no agora. Não penso no que passou, nem no que vai acontecer. Tenho essa luta com o Felder agora e vamos ver o que vai acontecer. Estou com 33 anos, mas me sinto melhor do que nunca, tanto física como psicologicamente”, garantiu.

Seu adversário é um velho conhecido. Há quatro anos os lutadores se enfrentaram com vitória na decisão unânime dos juízes para o brasileiro. Recentemente, o americano relembrou o golpe baixo sofrido como um dos fatores para a sua derrota. No entanto, o lutador fluminense declarou que não considera que o oponente esteja dando desculpas para o revés do primeiro encontro entre eles.

Barboza tem consciência da força empregada no golpe que atingiu Felder de forma ilegal, mas afirmou que a continuação do oponente na luta foi uma escolha dele. A situação vivida pelo americano não é estranha para o atleta nascido em Nova Friburgo. Em seu último combate, o lutador levou uma dedada involuntária no olho antes de ser nocauteado por Justin Gaethje. Porém, o veterano declarou que preferiu não se pronunciar, até então, sobre o acidente para evitar comentários de que estaria justificando sua derrota.

“Realmente foi um golpe bem forte. Eu o acertei e até machuquei meu calcanhar. Lembro que achei que ele não iria voltar porque eu senti que pegou em cheio. Mas a luta teve três rounds, ele voltou porque quis. Mas não acho que ele esteja dando desculpas para a derrota. Em minha última luta, eu tomei uma dedada no olho, continuei sem exergar e nunca falei sobre isso. Nunca comentei porque eu sei que as pessoas vão falar que eu estou dando desculpas”, explicou o peso-leve (70 kg), antes de comentar sobre as mudanças ocorridas desde o primeiro confronto contra Felder.

“Os lutadores mudam em quatro anos. Em alto nível acaba mudando menos, só alguns detalhes, mais experiência. Ele mudou, é um cara diferente, mas eu também sou um lutador diferente (de quatro anos atrás)”, declarou.

O confronto contra Paul Felder será válido pelo co-main event do UFC 242, que tem como luta principal a disputa pelo cinturão dos leves entre Khabib Nurmagomedov e Dustin Poirier. Atleta da ‘American Top Team’ (ATT), Barboza comentou sobre o combate pelo título da sua categoria e contou que está na torcida pelo americano, seu companheiro de equipe.

“Sou parceiro de treinos do Dustin Poirier na ‘ATT’ e estou torcendo por ele. É uma luta dura, entre os melhores do mundo. Acredito que o Poirier tem todas as chances de vencer esse combate. Estou torcendo por ele e espero que o cinturão continue na ‘American Top Team’”, finalizou o brasileiro.

Edson Barboza compete pelo UFC desde novembro de 2010, quando estreou com vitória por nocaute técnico sobre Mike Lullo. Ao todo, são 14 triunfos e sete derrotas dentro do octógono do Ultimate. Em sua última apresentação, o brasileiro foi nocauteado por Justin Gaethje em março deste ano.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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