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‘Cyborg’ festeja contrato com Bellator e enterra rivalidade com UFC: “Aprendizado”

‘Cyborg’ conquistou títulos em três grandes eventos: Strikeforce, Invicta FC e UFC – Rigel Salazar

Cris ‘Cyborg’ já tem ‘casa’ nova após deixar o UFC. Nesta terça-feira (3), Scott Coker – presidente do Bellator – confirmou a contratação da ex-campeã peso-pena (66 kg) do Ultimate. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, a brasileira se mostrou extremamente grata e feliz com a mudança de organização. A lutadora, que vem de uma relação conturbada com Dana White – mandachuva da liga em que competia anteriormente –, comemorou o fato de estar reunida novamente com Coker e destacou o respeito mútuo entre eles.

Durante toda sua passagem pelo UFC, Cris acumulou divergências com Dana White. Nos últimos tempos, especialmente após perder o cinturão para a compatriota Amanda Nunes, o relacionamento entre os dois deteriorou, com acusações e declarações polêmicas de ambos os lados, e sua permanência na entidade se tornou insustentável. Agora pelo Bellator, ‘Cyborg’ encontrará novamente com Scott Coker, com quem trabalhou durante a passagem dos dois pelo Strikeforce. Satisfeita com a mudança de ares, a lutadora afirmou, à reportagem da Ag. Fight, que toda a confusão vivida nos últimos tempos com o mandachuva do Ultimate ficou para trás.

“Não estou aliviada, estou agradecida. Todas as coisas, boas ou ruins, que acontecem em nossas vidas servem como aprendizado. Sou agradecida por tudo que passei na minha carreira, que teve várias fases. Ciclos têm começo, meio e fim. Vou começar uma nova era, um novo ciclo no Bellator. Estou muito feliz por voltar a trabalhar com o Scott (Coker). A época que trabalhamos juntos no Strikeforce foi de sucesso. Nós respeitamos um ao outro, eu amo meu trabalho e ele ama o que faz, então está tudo perfeito. O Bellator valoriza o atleta, valoriza o meu trabalho e isso mostra o grande profissionalismo deles. Estou muito feliz e agradecida”, comemorou Cris, antes de completar.

“Não é uma luta que define uma atleta. O que eu fiz pelo esporte é muito mais do que uma luta. Após a minha derrota (contra Amanda Nunes) não quiseram me dar a revanche, mas isso é uma coisa que ficou no passado. E agora é a nova era, um novo período na minha carreira. Ninguém nunca me escutou falar que eu era a melhor do mundo, mesmo ficando 13 anos sem perder, mesmo tendo conquistado todos os cinturões da minha categoria nos eventos que eu participei. Eu sempre deixei para os meus fãs admirarem o meu trabalho, deixo isso nas mãos deles”, declarou.

Apesar de ainda não ter adversária definida oficialmente para sua estreia pelo Bellator, ‘Cyborg’ está tranquila. De acordo com a atleta da equipe ‘Chute Boxe’, o plantel de lutadoras da sua categoria na nova liga é mais vasto do que no Ultimate. Com isso, a brasileira está confiante que aumentará sua frequência de lutas em comparação com sua passagem pela organização presidida por Dana White.

“Ainda não tenho nenhum sinal sobre quem vai ser a minha próxima adversária. Estou deixando nas mãos do meu manager e do Scott. Deixando que eles escolham quem vai ser minha próxima oponente. Só estou treinando, focada e feliz com o novo capítulo da minha vida. No Bellator tem várias meninas na minha categoria. Eu fico muito feliz porque eu vou ter luta sempre. Isso não vai ser um problema, não vou precisar esperar de nove meses a um ano para lutar. É uma das coisas que eu sempre falava. A maioria das meninas da minha categoria está no Bellator. Isso abre as portas para eu poder ter mais lutas no ano”, finalizou a paranaense.

Cristiane ‘Cyborg’ Justino compete no MMA profissional desde 2005, e foi campeã de sua categoria pelo Strikeforce, Invicta FC e no UFC. A lutadora afirmou que seu objetivo é conquistar o quarto título por quatro grandes organizações diferentes. Caso queira cumprir a meta imposta, a paranaense precisará derrotar a canadense Julia Budd, atual detentora do título peso-pena feminino do Bellator, que não sofre um revés desde 2011, quando foi finalizada por Ronda Rousey, pelo Strikeforce.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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