Em 2015, Rafael Dos Anjos sagrou-se campeão do peso-leve (70 kg) do Ultimate ao derrotar Anthony Pettis. No mesmo ano, o brasileiro chegou a defender o título contra Donald Cerrone, mas na sequência, já em 2016, foi superado por Eddie Alvarez e perdeu o cinturão. No ano seguinte, o brasileiro decidiu dar novos ares na carreira e subiu para a divisão dos meio-médios (77 kg), onde atua desde então. Questionado se poderia retornar à categoria de origem no show, o atleta revelou as poucas opções que o motivariam a descer de peso novamente.
Em entrevista ao vivo pelo ‘Youtube’ à reportagem da Ag. Fight (clique aqui ou veja abaixo), o atleta natural de Niterói (RJ) afirmou que atualmente já sofre com o processo de corte de peso para chegar até 77 kg, e que por isso não cogita uma volta à divisão de baixo. No entanto, caso o UFC lhe ofereça uma grande luta, e com uma boa recompensa financeira, poderia fazer esse sacrifício novamente.
“É remota essa possibilidade. Se o UFC precisar, eu teria necessidade de uns quatro meses para baixar o peso. Eu teria que conversar com o UFC e realmente ver, porque para eu colocar meu corpo para esse estresse desse nível teria que ser uma luta que valesse a pena financeiramente para eu fazer esse esforço”, explicou o lutador, completando.
“Se eles me falassem que eu faria uma luta contra um cara e depois vai disputar o cinturão direto, eu poderia pensar. Mas isso teria que mudar valores, porque é muito esforço. Normalmente as pessoas falam que eu sou pequeno, mas cabeça pesa, osso pesa. Eu lutava de 70 kg quando eu lutava antes de 30 anos, mas agora tenho 35. Não é que eu esteja velho, gordo, mas você vai amadurecendo e o corpo muda vai ficando mais pesado”, completou.
Embora sua condição de voltar ao peso-leve seja mais voltada pela questão financeira, Dos Anjos explicou que não negaria uma luta pelo título na categoria e também admitiu que gostaria de enfrentar dois adversários na divisão. Os nomes dos escolhidos encabeçam a classificação na até 70 kg e quem o brasileiro já encarou dentro do octógono.
“Uma luta pelo cinturão, independente de quem estivesse, é uma proposta quase que irrecusável. Mas existem uns caras que eu gostaria de uma revanche, como o Khabib (Nurmagomedov), (Tony) Ferguson. Esses caras que gostaria de uma revanche”, finalizou.