Anthony Pettis, ex-campeão do UFC, está no caminho de Diego Ferreira – Diego Ribas
Vindo de cinco vitórias consecutivas, Diego Ferreira encara neste sábado (18) seu maior desafio até aqui na carreira. No card principal do UFC 246, que será realizado em Las Vegas (EUA), o peso-leve (70 kg) mede forças com Anthony Pettis – ex-campeão da categoria no Ultimate – visando finalmente entrar no ranking top 15 da divisão. O evento coincide com o aniversário do brasileiro, que, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, afirmou que uma vitória sobre o americano seria o presente ideal para comemorar seus 35 anos.
Ciente da importância do duelo contra Pettis, Diego revelou que a comemoração do seu aniversário ficou em segundo plano. Focado no objetivo de conseguir incluir seu nome na lista top 15 dos leves, o brasileiro sabe que um triunfo sobre o ex-campeão pode alavancar sua carreira no Ultimate. E, com isso em mente, o peso-leve focou nos treinamentos e na preparação, antes de pensar em celebrar.
“Seria um presente bem legal para mim essa vitória porque eu treinei bastante. Conseguir essa vitória (no dia do meu aniversário) seria uma coisa muito boa. Eu não estou nem tão focado no meu aniversário. É engraçado porque normalmente eu olho bastante para isso, é uma coisa muito importante para mim, mas eu me sinto bem para curtir só depois da vitória”, contou Diego, antes de projetar seu futuro caso vença Pettis.
“É isso que eu espero (chegar no ranking). Ele é ranqueado em duas categorias, na meio-médio e na leve. Espero entrar no ranking e até o final do ano estar no top 10. Passando pelo Anthony (Pettis), eu quero conversar com meu ‘coach’ e algumas pessoas para saber qual vai ser o meu próximo passo. Mas dentro do top 15 só tem casca-grossa, então qualquer um seria bem legal de lutar”, declarou o amazonense.
Para superar Anthony Pettis – especialista na trocação e que possui metade de suas vitórias no MMA por nocaute -, o faixa-preta de jiu-jitsu pretende explorar sua arte marcial de origem. Apesar de deixar claro sua intenção de levar o combate para o chão, Diego tem ciência de que não terá vida fácil, e até por isso treinou bastante a parte de striking, para poder encurtar a distância com sabedoria, visando uma tentativa de queda.
“Levar para o chão para fazer meu jiu-jitsu, é isso que eu pretendo. É isso que eu quero, então trabalhei bastante meu jiu-jitsu também, nunca parei de treinar jiu-jitsu, nem de competir. Vou ter que colar bastante, ficar com meu boxe bem ajustado porque ele tem um alcance bem longo. Então, eu vou ter que ajustar bem essa parte, mas trabalhei isso nos treinos e estou bem focado”, concluiu o lutador brasileiro.
Prestes a completar 35 anos, Diego Ferreira projeta se manter bastante ativo em 2020. De acordo com ele, o planejamento é de competir mais quatro vezes até o fim do ano, de olho em subir rapidamente ao topo da categoria. Em seu cartel no MMA profissional, o peso-leve acumula 16 triunfos e apenas duas derrotas, a última, para Dustin Poirier, em abril de 2015.
Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.