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Defensor dos cinturões alternativos, Vicente Luque mira duelo com Masvidal pelo ‘BMF’

Vicente Luque é o atual 13º colocado no ranking dos meio-médios do UFC – Leandro Bernardes

Vindo de seis vitórias seguidas e de olho no topo da categoria dos meio-médios (77 kg), Vicente Luque acabou superado pelo experiente Stephen Thompson no UFC 244, em novembro do ano passado, no que ficou conhecido à época como o duelo dos lutadores ‘mais bonzinhos’ do MMA, pela característica educada e amigável dos dois atletas. Na luta principal do mesmo card, Jorge Masvidal conquistaria o cinturão ‘BMF’ (lutador ‘mais durão’), ao derrotar Nate Diaz, em confronto de dois ‘bad boys’ assumidos. E, ao que parece, a ideia de combates por títulos simbólicos no futuro animou o brasileiro, especialmente se o adversário for ‘Gamebred’.

Em entrevista ao vivo pelo ‘Youtube’ à reportagem da Ag. Fight (veja abaixo ou clique aqui), Vicente se mostrou favorável à criação de cinturões alternativos. Para ele, além de movimentar a categoria entre as disputas pelo título principal da mesma, a narrativa de uma disputa por algo, mesmo que simbólico, ajuda na promoção de grandes combates. E, mesmo não tendo o mesmo estilo ‘bad boy’ que Masvidal, o brasileiro demonstrou interesse em desafiar o rival pela cinta ‘BMF’ no futuro.

“Eu acho uma ideia interessante. Achei legal o (cinturão) BMF, principalmente porque entre uma disputa de cinturão e outra às vezes passa muito tempo. Às vezes são seis meses, até mais se o campeão tiver uma lesão. Então, é complicado você deixar uma categoria parada tanto tempo. O (cinturão) interino é uma opção, tem como garantir quem vai ser o próximo a disputar o cinturão, mas eu acho que tendo outras opções, como o ‘BMF’, como coisas que, até para a venda da luta, são interessantes. Porque você pode vender como um cinturão especial. Como aconteceu na luta do McGregor com o Mayweather, que era pelo ‘Money Belt’, que era um cinturão que não tem sentido nenhum, mas foi o jeito que eles promoveram aquele evento, e deu muito certo. Lógico, tem que ser esclarecido que aquilo não é o campeão da categoria, mas ainda é uma coisa interessante, eu acho que o público gosta”, explicou Luque, antes de comentar sobre o interesse em medir forças contra Masvidal.

“Com certeza. Valendo o cinturão (BMF) ou não, uma luta contra o Masvidal seria algo que me interessaria muito. Ele é um lutador que eu acompanho desde antes dele lutar na 77, quando ele lutava até 70 kg, e sempre me agradou o estilo dele. Um cara agressivo, muito bom de boxe. Acho que é uma luta que casa muito bem e ele é aquele tipo de nome que acrescenta muito para o meu currículo uma luta, uma vitória contra ele. Então, eu gostaria de lutar com ele”, admitiu o meio-médio do UFC.

Aos 28 anos, Vicente Luque soma 17 vitórias, sete derrotas e um empate em seu cartel no MMA profissional. Atual 13º colocado no ranking dos meio-médios, o brasileiro deve fazer sua próxima apresentação diante de Niko Price, no evento especulado para marcar o retorno do UFC às suas atividades no dia 9 de maio. O fato de ter passaporte americano, por ter nascido nos Estados Unidos, deve favorecer o lutador, já que poderia entrar no país sem precisar de visto.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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