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Diego Ribas

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De olho em disputa de título, Vettori cutuca Adesanya: “Vou ser seu pior pesadelo”

Depois de fazer história ao se tornar o primeiro atleta nascido na Itália a protagonizar e a vencer uma luta principal de um evento do UFC, Marvin Vettori promete alcançar um feito ainda maior: conquistar o cinturão peso-médio (84 kg) da organização. Para isso, o atleta europeu, que com o triunfo sobre Jack Hermansson no último sábado (5) chegou ao top 5 no ranking da divisão, tenta convencer o Ultimate de que já merece o próximo ‘title shot’, diante do invicto campeão Israel Adesanya, um antigo conhecido do ‘Italian Dream’.

Com quatro vitórias consecutivas, Vettori não perde um combate desde abril de 2018, quando foi superado justamente por ‘Izzy’. No entanto, o triunfo na decisão dividida dos juízes foi o mais próximo que o nigeriano chegou de ver a coluna de derrotas ser inaugurada em seu irretocável cartel no MMA profissional. Baseado no equilíbrio do primeiro encontro e no bom momento vivido por ele, o italiano defende sua ascensão ao posto de próximo desafiante ao título da categoria e aproveita para cutucar o campeão.

“É muito bom provar que esse cara está errado. Meio que mostrar para ele que eu estou de volta na cara dele. Eu estou bem aqui, filho da p***. Olhe nos meus olhos. Eu vou ser o seu pior pesadelo até o dia que você se aposentar. É disso que se trata”, disparou Vettori, antes de completar.

“Tenho certeza que ele está sentindo isso. Ele não disse nada, mas ele está sentindo a pressão. Não tem mais ninguém chegando com uma força tão impressionante nessa divisão. Com tanta fome e vontade de se tornar campeão. Não tem ninguém assim (como eu). Ele definitivamente está sentindo isso. Se eu tivesse que defender o cinturão contra mim, eu não me sentiria calmo, relaxado. Eu estaria me sentindo bastante nervoso. Sinto que ele está se sentindo assim também”, analisou o italiano, em entrevista ao site ‘MMA Fighting’.

Ciente de que os planos do UFC para o futuro imediato de Adesanya envolvem uma disputa contra Jan Blachowicz, pelo título dos meio-pesados (93 kg), o italiano reconheceu que o movimento faz sentido para o nigeriano. Entretanto, Vettori ressaltou o pouco tempo de ‘Izzy’ como campeão indiscutível dos pesos-médios para indicar que o rival ainda tem assuntos pendentes na divisão até 84 kg do Ultimate.

“Eu acho que ele deveria lutar com o próximo da fila, com certeza. Se o UFC quiser essa luta, eles podem ter 100% de certeza que eu vou atender a ligação. Eu sinto que ele quer correr atrás daquele status de grandeza, o que em um senso é um pouco compreensível, ma ele tem que provar muitas coisas primeiro. Uma das coisas que ele tem que provar é que ele é o melhor (nessa categoria). Para fazer isso, ele tem que lutar comigo. Onde quer que ele vá”, afirmou Marvin, antes de ponderar sobre o interesse de Adesanya no duelo contra o campeão dos meio-pesados.

“Eu acho que em sua mente, (Jan) Blachowicz combina bem com ele. Porque ele é forte, mas sua trocação pode ser lida e ele pode fazer isso. É por isso que ele prefere essa luta, além de ter muito menos a perder, tipo: ‘Eu estou subindo (de divisão) e as coisas não forem para o meu lado, eu não vou perder meu próprio título, eu estava apenas perseguindo um título extra’. Eu sinto que ele ainda não fez nada. Ele não fez muito”, concluiu.

Atualmente, Marvin Vettori, de 27 anos, vive sua melhor fase no UFC. O italiano venceu quatro lutas seguidas, faturou os bônus de luta e performance da noite em suas duas últimas aparições e, até o momento, foi o único que conseguiu arrastar o invicto Israel Adesanya para uma decisão dividida.

Por sua vez, Adesanya segue invicto no MMA profissional após 20 combates disputados. O nigeriano conquistou o cinturão linear dos pesos-médios ao vencer o então campeão Robert Whittaker em outubro de 2019, no UFC 243, realizado na Austrália. Desde então, ‘Izzy’ teve duas defesas de título bem-sucedidas, sobre Yoel Romero e Paulo ‘Borrachinha’, respectivamente.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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