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‘Cyborg’ troca mensagem com campeã mundial de boxe e fica perto de realizar sonho
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por
Neri Fung
Recém coroada como nova campeã peso-pena (66 kg) do Bellator após superar Julia Budd em janeiro deste ano, Cris ‘Cyborg’ pode estar mais perto do que nunca de realizar o sonho de se testar no boxe profissional contra uma estrela da nobre arte. Após ventilar com a possibilidade em 2018, a brasileira utilizou sua conta oficial no ‘Twitter’ para voltar a sugerir um duelo contra Cecilia Braekhus, pugilista norueguesa multicampeã mundial, e foi prontamente respondida de forma positiva (veja abaixo ou clique aqui).
Desde que deixou o UFC e assinou com o Bellator, Cris tem deixado claro seu interesse de aproveitar a maior liberdade dada pela organização presidida por Scott Coker a seus atletas para finalmente subir no ringue de boxe. Aos 34 anos, a curitibana acaba de conquistar seu quarto cinturão em quatro grandes organizações de MMA, e uma superluta contra uma das maiores estrelas do boxe feminino mundial poderia acrescentar ainda mais ao seu legado.
Nascida na Colômbia e adotada por um casal de noruegueses ainda criança, Cecilia Braekhus se tornou a primeira mulher, em qualquer divisão de peso, a possuir simultaneamente os cinturões das quatro principais entidades do boxe mundial: Associação Mundial de Boxe (WBA), Conselho Mundial de Boxe (WBC), Federação Internacional de Boxe (IBF) e Organização Mundial de Boxe (WBO). Desde 2014, a pugilista é a campeã indiscutível da categoria meio-médio na nobre arte. Uma possível superluta contra ‘Cyborg’ poderia significar um retorno financeiro interessante para ambas, especialmente pela curiosidade causada nos fãs de luta devido ao ineditismo do evento.
“Vocês esperaram por um longo tempo por isso! Cris Cyborg vs. Cecilia Braekhus chegando no inverno de 2037”, brincou a brasileira, que foi prontamente respondida pela boxeadora.
You’ve waited a long time for this one! @criscyborg V @1LadyCecilia Coming winter 2037 😂 pic.twitter.com/SDOAajqB0d
— Grand Slam Champ Cris Cyborg (@criscyborg) February 13, 2020
“Nós tentamos fazer essa luta em 2019, mas fomos avisados para esperar. Cris Cyborg queria fazer uma luta de boxe antes. Se esse não é mais o caso, então nos avise, nós estamos aqui e prontos para fazer essa luta histórica”, escreveu Cecilia Braekhus.
We tried to make this fight in 2019,but was told to wait.@criscyborg wanted a boxing match first. If that is not the case anymore than let us know,we are here and ready to make this historical fight🔥🔥🔥 #allthebelts https://t.co/DzOnPu2aKk
— Cecilia Brækhus (@1LadyCecilia) February 13, 2020
Se o assunto começou como uma brincadeira, a resposta positiva da norueguesa parece ter dado o pontapé inicial para ao menos o início das negociações. Prova disto foi a última troca de mensagens, via ‘Twitter’, entre as atletas, que indicaram um inicial acordo para a realização do combate em julho deste ano. Um aspecto que pode ajudar nas conversas é o fato de Audie Attar – empresário da brasileira – ser um dos responsáveis pela peleja de maior repercussão até hoje envolvendo um astro do MMA e outro do boxe, no caso Conor McGregor, seu cliente, e Floyd Mayweather, que foi realizada em 2017.
“Julho serve para mim. Audie Attar pode cuidar do resto”, sugeriu ‘Cyborg’.
July works for me. @AudieAttar can handle the rest.
— Grand Slam Champ Cris Cyborg (@criscyborg) February 13, 2020
“Julho serve para mim também”, concordou Braekhus.
July works for me too👍🔥
— Cecilia Brækhus (@1LadyCecilia) February 13, 2020
Após saída conturbada do UFC, Cris ‘Cyborg’ estreou no Bellator no dia 25 de janeiro deste ano, com vitória por nocaute técnico sobre a então campeã peso-pena Julia Budd. Com a nova conquista, a curitibana soma quatro cinturões na mesma categoria em quatro grandes organizações: UFC, Strikeforce, Invicta FC e Bellator. Aos 38 anos, Cecilia Braekhus segue invicta em sua carreira no boxe profissional após 36 lutas, sendo nove vitórias por nocaute e 27 na decisão dos juízes.
Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.