Cristiano Marcello é líder da equipe CM System, em Curitiba – Arquivo Pessoal
A pandemia de coronavírus mudou totalmente a rotina da população. Com as medidas de prevenção à doença, foi pedido para que as pessoas evitem lugares de muita aglomeração e fiquem em casa, se puderem. Dessa maneira, as principais academias do país sofreram com essa decisão, pois tiveram que fechar suas portas após uma solicitação dos órgãos de saúde do Brasil. Quem atendeu esse clamor foi a CM System, liderada por Cristiano Marcello.
Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag.Fight, o ex-lutador do UFC ressaltou a importância de seguir as normas passadas para a contenção do coronavírus. Por isso, ‘CM’ destacou que não pensou duas vezes antes de fechar sua academia, localizada em Curitiba (PR). Mas, para manter seus atletas, cerca de 55 profissionais, em forma e prontos para lutarem quando forem chamados, Cristiano revelou que passou uma série de recomendações.
“Estamos aqui para acatar o que os órgãos de saúde do país determinarem, pois sabemos a importância de seguir tudo certinho para a saúde de todos. Falaram para fechar, fechamos. Com certeza é ruim, mas como não tenho muitos alunos convencionais, então não me afeta diretamente. Me afeta mais na questão dos eventos e manutenção de atletas profissionais. O que eu fiz foi passar um protocolo para que eles se mantivessem treinando fisicamente e assim fiquem ativos para quando forem chamados. Além disso, fazer o treino mental, que é estudar os oponentes, já que as lutas vão voltar quando os eventos retornarem”, afirmou ‘CM’, revelando que sempre foi atento em sua academia sobre a questão de higiene.
“A gente sempre tratou com prioridade esse fator. Ainda mais nosso esporte de muito contato, suor, fluidos então o máximo de higiene é exigido. Isso é algo corriqueiro. Cuidados que sempre tem que ter”, completou o também ex-lutador do extinto Pride.
Após sua apresentação no UFC Brasília, em março deste ano, quando venceu Alexey Kunchenko, Elizeu ‘Capoeira’ admitiu que essa era sua última luta no contrato com a franquia. No entanto, com essa questão do COVID-19, Cristiano, que é o treinador do peso-meio-médio (77 kg), adiantou que as negociações para a extensão do contrato do atleta ficaram estagnadas, mas reforçou o desejo do lutador de permanecer no Ultimate.
“Essa parte é mais o Thiago Okamura, que é o seu empresário, mas juntos vemos o que é o melhor para ele (‘Capoeira’). Mas não só o nosso caso, mas outros atletas, essa questão está devagar em relação a isso (renovação) e nem estamos pressionando. Vai ser algo natural. O UFC agora tem outras prioridades, com cancelamentos de eventos e nós também, com nossas famílias. Não estamos com pressa. Acho que tem que ser feito de uma maneira correta para ficar bom para ambas as partes. A nossa vontade é ficar no UFC, que nos trata super bem. Então temos essa prioridade”, finalizou o líder da CM System.
Durante sua carreira no MMA profissional, que começou em 1998, Cristiano somou 13 vitórias e seis reveses. Além de sua passagem pelo UFC, precedida por sua participação no reality show ‘The Ultimate Fighter’, o faixa-preta também competiu no extinto Pride, evento japonês de enorme popularidade entre o final dos anos 90 e início dos anos 2000.