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Comentarista do UFC afirma que caso de doping “mancha legado” de T.J. Dillashaw

Joe Rogan foi direto ao assunto e não poupou TJ Dillashaw – Diego Ribas

Recentemente, T.J. Dillashaw foi flagrado pela USADA em um exame antidoping realizado antes de sua luta contra Henry Cejudo. O atleta testou positivo para eritropoetina (EPO) e teve seu cinturão peso-galo (61 kg) destituído, além de receber uma suspensão de dois anos da agência que regula esses casos no UFC. E, na visão de Joe Rogan, o americano ainda terá um prejuízo ainda maior no que diz respeito ao seu legado como lutador.

Durante participação em seu próprio podcast (‘Joe Rogan Experience’) nesta quinta-feira (11), o comentarista oficial do UFC lamentou o caso envolvendo o peso-galo. De acordo com Joe, a substância proibida encontrada no sistema de Dillashaw não dá margem para levantar dúvidas sobre sua ingestão proposital ou não.

“Para mim é uma pena porque sou fã do T.J. Acho que ele é um lutador fenomenal, e adoro ver ele em ação. Mas isso simplesmente mancha seu legado. Simplesmente mancha. Não tem como contornar isso. Quando você é pego trapaceando – esse tipo de coisa, não tem como não ser trapaça. É trapaça, não é acidente. Mancha seu legado, e ele tinha um grande legado: duas vezes campeão peso-galo, e um dos melhores peso-por-peso”, opinou Rogan, antes de comentar sobre os benefícios do EPO.

“T.J. é um ótimo lutador, mas p***. Testar positivo para EPO na luta contra o Cejudo… Pense, se você está sob efeito de EPO – o quanto isso te permite treinar além do normal? O quanto isso te permite se recuperar? Qual o tamanho dos benefícios? Deve ser bem significativo… Dá até vontade de usar”, completou de forma irônica o comentarista do UFC.

A opinião de Joe vai de encontro com a recente declaração de Jeff Novitzky, vice-presidente de Saúde e Performance do UFC. De acordo com o especialista a substância encontrada em T.J. não é comum em suplementos contaminados, sendo apenas injetável – o que elimina, ao menos na teoria, a possibilidade de Dillashaw ter ingerido sem querer.

Esses indiciadores, inclusive, podem ter sido primordiais para o lutador aceitar a suspensão de dois anos imposta pela USADA. A punição é retroativa a janeiro de 2019, véspera da luta contra Henry Cejudo, quando o exame foi feito. Portanto, Dillashaw só estará apto a retomar sua carreira no UFC a partir do mesmo mês, em 2021.

Editor da Ag Fight e colunista do UOL, Diego Ribas cobre MMA desde 2010 e atualmente mora em Las Vegas

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