Obstinado a conquistar um cinturão do UFC, Khamzat Chimaev já falou abertamente sobre disputar um eventual combate diante de Sean Strickland. Mas além da motivação esportiva, um embate contra o atual campeão peso-médio (84 kg) do Ultimate poderia servir como um incentivo extra para que o ‘Lobo’ defenda uma questão pessoal: suas origens.
Isto se explica por conta do comportamento e falas polêmicas de Strickland em diversos temas. Um deles foi a Palestina. Após Belal Muhammad declarar apoio à região, o falastrão americano o detonou e o chamou de covarde. No entanto, após vencer sua última luta – contra Kamaru Usman – Chimaev, muçulmano, também se manifestou sobre as tensões com Israel em tom similar – mas curiosamente não foi atacado pelo ‘Tarzan’.
“Ele tem que estar com medo. Estou indo atrás dele. A luta é no octógono. Se pudermos fazer pessoas que estão passando por tempos difíceis felizes, todos muçulmanos nos assistindo. Eu, Khabib, todos lutadores mulçumanos, Belal, todos nós sabemos que as crianças assistindo querem ser como nós, querem ser pessoas fortes. Inshallah, tentamos ser um bom espelho para eles. Sean Strickland, todos esses caras, deveriam estar com medo de nós. Não lutamos apenas por nós como eles fazem, nós lutamos por todos os muçulmanos. Ele tem a luta agora, um bom lutador vai enfrentar ele, Du Plessis. Se ele vencer esse cara, com certeza vamos lutar. 100%. Me prometeram essa luta. Vamos ver quem ganha a luta e fica com o cinturão”, afirmou Khamzat, em entrevista ao canal ‘Mohammed Hijab’ durante aparição em um evento voltado para a arrecadação de fundos para a Palestina.
Retorno indefinido
Na teoria, o triunfo sobre Usman garantiria ao Lobo o ‘title shot’ com 84 kg. No entanto, uma série de lesões e complicações de saúde o afastaram dos treinos e o deixaram sem previsão de volta à ativa. Sendo assim, a alta cúpula do UFC agiu rapidamente e escalou Dricus Du Plessis para a vaga de desafiante ao título – hoje em posse de Strickland.