Donald Cerrone possui 36 vitórias, 13 derrotas e um no contest em seu cartel – Diego Ribas
Apesar de ter esboçado uma reclamação logo após a interrupção do árbitro, que decretou sua derrota para Justin Gaethje no último sábado (14), Donald ‘Cowboy’ Cerrone está, aparentemente, resignado com o resultado da luta. Sorridente e acompanhado de seu filho, Dacson Danger Cerrone, o veterano – em conversa com a imprensa após o UFC Canadá – analisou a paralisação e tentou vê-la como algo positivo. Além de afirmar que continuará trabalhando para conquistar o cinturão da categoria.
Com pouco mais de um minuto restando para o fim do primeiro round, Cerrone foi levado a knockdown por um potente cruzado de direita de Gaethje. Valente, o veterano se levantou ainda debilitado, mas uma sequência de golpes na curta distância o levou ao chão novamente, culminando na interrupção, aparentemente sem muita convicção, do árbitro. O americano chegou a protestar, no calor do momento, da paralisação, mas, ciente de que o resultado não mudaria, mudou a postura logo após.
“Eu não estou dando desculpas. Esse é o jeito que o jogo é. Algumas vezes, você pega árbitros que deixam você ser socado. Outras vezes, o que não deixa. Eu peguei um que não permitiu. Então, talvez seja melhor para a longevidade para mim e para o meu garoto aqui (seu filho). Talvez ele não tenha me batido até eu ficar retardado. Então, isso é bom”, comentou ‘Cowboy’, de acordo com o site ‘MMA Junkie’.
Com 36 anos e 50 lutas em seu cartel profissional, o americano ainda não pensa na aposentadoria. E, apesar da derrota para Gaethje tê-lo afastado momentaneamente do objetivo final, Cerrone declarou que ainda acredita que possa conquistar o cinturão dos leves.
“Eu vou pegar o cinturão. Vai acontecer. Eu acho que apenas deslizei um degrau, mas eu vou voltar. Eu vou treinar forte e eu vou pegá-lo (cinturão). É a última coisa que eu tenho que fazer para o meu legado”, finalizou ‘Cowboy’.
Apesar da longa e respeitada carreira construída dentro do UFC, Donald Cerrone nunca foi capaz de conquistar um cinturão pela organização. Em sua única chance, o americano foi derrotado pelo brasileiro Rafael dos Anjos, então campeão peso-leve do Ultimate, em dezembro de 2015.