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BJ Penn veta perguntas sobre casos policiais e analisa camp no Brasil para UFC 237

BJ Penn encara longa sequência de derrotas no octógono do UFC – Fábio Oberlaender

BJ Penn esteve no UFC 37, no UFC 137 e vai lutar no UFC 237 – um fato que, além de curioso numericamente, ressalta quão veterano é o ex-campeão dos leves (70 kg) e meio-médios (77 kg), que enfrenta Clay Guida no Rio de Janeiro, neste sábado (11). O atleta de 40 anos vai tentar reverter uma incômoda sequência de derrotas e finalmente aparecer em uma notícia positiva envolvendo seu nome – já que o americano tem frequentado as páginas policiais nos últimos tempos.

O espinhoso tema, inclusive, foi proibido de ser abordado no ‘media day’ desta quinta-feira (9), na capital fluminense. O veto foi um pedido de BJ à assessoria de comunicação do UFC. Tenso toda vez que um jornalista diferente se aproximava, Penn chegou a perguntar de que veículo era a reportagem da Ag. Fight, antes de permitir a primeira pergunta – uma postura incomum neste tipo de entrevista coletiva.

Em outubro do ano passado, a ex-namorada de BJ, Shealen Uaiwa, pediu uma medida protetiva contra ele. A solicitação, que foi concedida pela Justiça Americana e é válida também para as duas filhas da relação dos dois, foi baseada em uma acusação de abusos sexual e físico, que, segundo ela, teriam sido praticados por Penn durante anos a ela. Uaiwa acusa o lutador de ser viciado em drogas Efetivada em fevereiro, a medida é válida até 2021. Além disso, Reagan Penn, irmão mais novo do atleta, foi detido no Rio de Janeiro, no fim do ano passado, acusado de bater em três pessoas durante uma confusão em um condomínio.

Questionado pela Ag. Fight sobre o porquê de migrar para o Brasil na preparação para o confronto contra Guida e antes do duelo contra Ryan Hall, em dezembro do ano passado, Penn ressaltou suas raízes na equipe Nova União. BJ é faixa-preta de Dedé Pederneiras e se notabilizou por ter se tornado o primeiro americano a conquistar o Mundial de Jiu-Jitsu, ainda em 2000. Segundo o veterano, ter novamente o apoio de quem o ajudou tanto no início da carreira tem sido uma força a mais para não desistir.

“Foi perfeito para mim, porque eu estive com a Nova União por 20 anos, Dedé esteve lá… Uma coisa sobre André é que ele é um grande cara nos negócios, comanda a academia e tudo mais, mas ele ama luta. Ele ama a luta com todo o seu coração. É a coisa favorita dele. Ele sempre esteve nas lutas, desde que eu era criança, então eu venho aqui, tenho ‘Júnior’ (José Aldo) aqui, Leo Santos, todos esses caras. O último camp, na verdade, foi um pré-camp para esse. Eu simplesmente segui os treinos. Não consegui o resultado que eu queria, mas eu fui seguindo em frente: ‘Vamos lá, não vamos parar, vamos fortalecer’. E aqui estamos”, disse.

Contra Hall, outro especialista na arte suave, BJ sofreu a primeira finalização de sua carreira no MMA. Antes de negar que o inédito revés o tenha abalado de alguma forma, “corrigiu” a reportagem. “Não foi a primeira vez. Já fui finalizado outras vezes. Foi a primeira vez na TV (risos)”, brincou.

O havaiano ainda afirmou estar motivado para o confronto contra Guida, outro lutador experiente. ‘The Carpenter’ tem 56 lutas profissionais e, segundo Penn, enfrentá-lo é uma motivação a mais. “Vou chegar lá e dar o meu melhor. Fazer tudo o que eu puder, com minha potência, e usar toda a energia do público brasileiro. Estou pronto. Vamos lá, agora, vamos lutar!”, afirmou.

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