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Amanda Ribas mira oportunidade para carreira em ‘hype’ de Mackenzie Dern; entenda

Amanda Ribas vai em busca de sua segunda vitória no octógono do UFC – Felipe Paranhos

Após estrear no Ultimate com vitória sobre Emily Whitmire em junho deste ano, Amanda Ribas encara Mackenzie Dern no próximo sábado (12), em combate válido pelo card principal do UFC Tampa. Apesar de terem perfis semelhantes, a rival da mineira recebe, até então, consideravelmente mais atenção da mídia e dos fãs do esporte. Mesmo assim, a peso-palha (52 kg), nascida em Varginha (MG), não se intimida e, em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, contou que vê um lado bom em encarar uma adversária com mais fama e exposição.

Amanda e Mackenzie possuem muito em comum, além da nacionalidade brasileira. Ambas começaram muito jovens no jiu-jitsu influenciadas por seus pais – mestres respeitados da modalidade –, possuem a mesma idade, cartéis parecidos, além, é claro, do fato de serem sorridentes e  carismáticas. Apesar de todas as similaridades, é Dern quem concentra o ‘hype’ destinado ao duelo entre elas. Nada que abale a confiança da mineira, que se mostrou otimista com a possibilidade de desbancar sua adversária e pegar para si um pouco de sua fama.

“Eu não me incomodo. É até bom para mim. Se eu quero ser a melhor, eu tenho que vencer as melhores. E ela sendo um nome famoso, eu posso ficar também (risos). Ainda mais se eu vencê-la. Meu objetivo é crescer no evento, então se eu pegar cada vez mais meninas famosas, conhecidas, é melhor para mim”, declarou Amanda, antes de comentar sobre as possibilidades em um confronto de duas lutadoras especialistas em jiu-jitsu.

“Eu acho que existe sim (a possibilidade do combate se manter em pé) porque nós duas estamos treinando muito boxe, muay thai. Então pode acontecer de a gente querer se testar”, analisou Ribas.

Vindo de suspensão por doping – causado por contaminação farmacêutica –, Amanda ignorou o hiato longe das competições e estreou no UFC com uma imponente vitória por finalização sobre a americana Emily Whitmire. As coincidências com Mackenzie voltam a se fazer presentes, já que a americana está afastada há mais de um ano do octógono, em razão da gravidez e nascimento de sua primeira filha. No entanto, a mineira não se vê em vantagem e afirmou que assim como ela, a rival deve ter tirado lições positivas do hiato na carreira.

“Acredito que não vou ter vantagem porque esse tempo que ela ficou parada com a gravidez pode ter servido para ela tirar proveito de alguma forma. Assim como eu, quando fiquei dois anos parada e tirei muito proveito. Evolui bastante psicologicamente e tecnicamente. Ela sendo uma atleta esperta, acredito que fez o mesmo”, afirmou Amanda, antes de contar sobre a bronca levada pelo pai depois da estreia vitoriosa, motivada por uma perda de posição favorável no solo durante o primeiro assalto.

“Acho que a alegria pela vitória aliviou a bronca, no começo. Porque depois ele me colocou para treinar muito para não errar mais as posições. A gente viu e reviu a luta 300 milhões de vezes”, revelou a atleta.

Preparada e confiante para o combate do próximo sábado contra Dern, Amanda possui apenas uma ‘preocupação’: manter-se focada no corte de peso. De forma jocosa, a lutadora revelou que seu maior obstáculo é conseguir evitar o consumo de uma das preferências nacionais.

“Eu sempre sinto dificuldade (no corte de peso) porque eu fico longe do meu chocolate (risos). Mas o peso está tranquilo, amanhã eu já desidrato. Está tudo conforme o planejado”, brincou a mineira.

Com sete vitórias e apenas uma derrota em seu cartel profissional, Amanda vem de dois triunfos consecutivos em sua carreira. A única derrota sofrida pela lutadora aconteceu em novembro de 2015, quando acabou nocauteada por Polyana Viana, que atualmente também faz parte do plantel do UFC, em combate disputado pelo Jungle Fight.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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