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Amanda Ribas brinca com chance de VanZant não bater o peso: “20% da bolsa para mim”

Amanda Ribas encara Paige VanZant no UFC Brasília – Carlos Antunes

No próximo dia 14 de março, Amanda Ribas vai enfrentar Paige VanZant, no UFC Brasília, em busca de sua terceira vitória desde que estreou na organização. A americana – dona de enorme popularidade tanto por seu talento esportivo como por sua beleza e carisma fora dos octógonos – possui similaridades com Mackenzie Dern, última rival da brasileira. Em entrevista exclusiva com a reportagem da Ag. Fight, a mineira demonstrou satisfação em encarar mais uma adversária de renome e citou o plano de aprender e usar a fama da oponente como trampolim para o seu crescimento na entidade.

Amanda estreou no UFC com o pé direito, ao finalizar Emily Whitmire em junho deste ano. Em sua segunda apresentação no octógono mais famoso do planeta, ela derrotou Mackenzie Dern por pontos, após dominar o confronto durante os três rounds. O triunfo sobre a multicampeã de jiu-jitsu trouxe reconhecimento instantâneo para Ribas, que viu o número de seguidores em sua conta oficial do ‘Intagram’ disparar. Agora, com luta agendada contra Paige VanZant, a sorridente mineira poderá ampliar ainda mais sua base de fãs com uma boa apresentação diante da americana.

Assim como Mackenzie, Paige, além de ser uma rival dura no octógono, também possui grande número de fãs em suas redes sociais. Só em sua conta no ‘Instagram’, a americana tem mais de dois milhões de seguidores. A lutadora inclusive já revelou que obtém maior lucro financeiro com suas publicidades na internet do que competindo no UFC. Outro aspecto similar entre as adversárias da mineira diz respeito ao corte de peso, já que VanZant estava atuando no peso-galo (57 kg) e retornará ao peso-palha (52 kg) para o duelo com Amanda, e Dern vinha de falha na balança em sua luta anterior.

“Fico muito feliz, muito agradecida pelo UFC sempre me colocar com atletas bem conhecidas porque mostra que eles querem me colocar no topo também. Eu acho que a Paige é muito versátil, ela sabe vender muito e eu vou aprender com ela (risos). Porque ela sabe vender e eu quero aprender isso. A gente quando para de aprender está perdido”, comemorou Amanda Ribas, antes de comentar sobre a mudança de categoria de sua adversária.

“Eu acho que aumentar o peso, descer o peso interfere muito. Eu também tiro muito peso, só que eu consigo fazer a dieta certinha. Mas é igual a luta contra a Mackenzie, eu não me importo muito se a pessoa vai bater o peso, se não vai, se está sofrendo, se não está. Eu me importo com o meu. E se ela não bater o 115 (pounds) melhor para mim porque a bolsa dela é grande e vai vir 20% para mim (risos)”, brincou a brasileira.

A escolha de suas rivais indicam também uma confiança da organização no potencial de Amanda. Sempre sorridente, a carismática brasileira já sentiu o aumento na popularidade com a vitória sobre Dern. Apesar disso, a mineira prega humildade para seguir crescendo dentro do Ultimate em busca de seu objetivo final, o cinturão da categoria. Com apenas duas lutas pelo UFC, a lutadora já conseguiu uma vaga no ranking top 15 do peso-palha, indicando a rápida moral conquistada dentro da entidade.

“Senti o reconhecimento de mim mesma. Sempre assisti as lutas da Mackenzie, mesmo a gente tendo a mesma idade, ela era muito famosa no jiu-jitsu. E só depois da luta, da pesagem, meu Instagram subiu acho que 12 mil (seguidores). É muita coisa. Nem sei explicar o reconhecimento que as pessoas têm. E mesmo eu treinando aqui no sul de Minas (Gerais), terminando meu camp nos Estados Unidos, eu consigo mostrar que não importa onde você está, o importante é a sua força de vontade. Treinar duro, se dedicar ao máximo para chegar lá no octógono preparada, relaxada e feliz em estar lá dentro”, declarou Amanda, antes de comentar sobre a importância conseguida dentro da liga mesmo em tão pouco tempo.

“Muita gente tem falado isso, que o UFC quer investir em mim. Me sinto honrada porque quando eu comecei a treinar, eu fico até emocionada em falar isso, porque eu nem esperava lutar MMA direito. Meu pai falava: ‘Você vai estar no UFC’. E eu nunca imaginei, e hoje estar no UFC e com duas lutas sendo top 15, mostra que o sonho pode se tornar realidade. Eu não quero de jeito nenhum deixar isso subir na minha cabeça, (quero manter) o pezinho no chão porque é só o começo. Então, é muito treino duro. Se o UFC quer investir em mim, eu quero mostrar resposta para eles. Não quero mostrar para eles que eles estão querendo investir em uma qualquer. Sou uma atleta dedicada, esforçada, que quer ser a campeã, mas sem pisar em ninguém, sem fazer grosseria. Mostrar que um rostinho feliz pode entrar no octógono, fazer a coisa séria e ganhar”, concluiu.

Com cinco anos de carreira profissional no MMA, Amanda Ribas acumula oito vitórias e apenas uma derrota, para Polyana Viana, pelo Jungle Fight, em novembro de 2015. O confronto contra Paige VanZant no UFC Brasília, marcado para o dia 14 de março, será o primeiro da mineira em solo brasileiro desde maio de 2016. Já a americana fará a última luta de seu contrato com a organização e já declarou que pretende testar o mercado e ouvir propostas de outras entidades quando estiver livre de seu compromisso com o Ultimate.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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