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Aline Pereira destaca importância de Alex ‘Poatan’ em sua carreira e mira fazer história no Glory

Aline Pereira é irmã de Alex ‘Poatan’, campeão peso-médio do Glory – Divulgação/ Glory

Com a influência de ter um dos melhores kickboxers do planeta na família, Aline Pereira – irmã mais nova de Alex ‘Poatan’ Pereira, campeão linear peso-médio (85 kg) e interino meio-pesado (95 kg) do Glory – até relutou inicialmente, mas acabou seguindo a carreira no esporte. E nesta sexta-feira (22), a brasileira encara a americana Crystal Lawson pelo Glory 71, em Chicago (EUA), no seu segundo combate pela maior organização de kickboxing do mundo, de olho em manter sua invencibilidade na liga. Em entrevista exclusiva à reportagem da Ag. Fight, a lutadora destacou a importância de seu irmão em sua trajetória na modalidade, além de projetar fazer história junto a ele.

Apesar de acompanhar ‘Poatan’ nos treinos e nas lutas, Aline só começou a se dedicar ao esporte aos 24 anos, após muita insistência do irmão. Pouco tempo depois, a paulista, de 28 anos, já se encontra no mais importante evento de kickboxing do planeta. E, de acordo com a lutadora, nada teria sido possível sem a ajuda do campeão peso-médio do Glory, que a ajuda em diversas frentes.

“Se não fosse o meu irmão ter me incentivado e me apoiado em tudo, hoje eu não teria essa profissão. Ele é muito importante, é um cara muito inteligente. Tudo o que ele sente e as coisas que ele passa nas lutas dele, ele passa para mim. Eu até brinco, falo que ele é um pouco de cada coisa: treinador, psicólogo, nutricionista (risos)”, contou Aline.

Primeira dupla de irmão e irmã a assinar com o Glory, Aline e Alex podem continuar fazendo história na organização em breve. Caso a lutadora conquiste o título de sua categoria – o super-galo (55 kg), atualmente de posse da francesa Anissa Meksen –, ela e ‘Poatan’ se tornarão os primeiros irmãos a ostentar cinturões da entidade ao mesmo tempo. Ainda que esteja no início de sua trajetória na liga, a brasileira já sonha com esta possibilidade.

“Eu fico só imaginando nós dois campeões do maior evento (de kickboxing) do mundo. É um sonho que vai se tornar realidade, se Deus quiser”, declarou a lutadora, antes de comentar sobre a ansiedade para realizar este sonho.

“A ansiedade a gente controla nos treinos. Quanto mais a gente treina, mais a gente sabe que está indo bem preparado. Com isso, a ansiedade vai diminuindo”, explicou.

Para chegar ao seu objetivo, uma vitória na próxima sexta-feira sobre Crystal Lawson pode ser fundamental. Sem encontrar muita informação sobre a adversária na internet, Aline focou sua preparação nos seus pontos fortes, ao invés de treinar especificamente para anular o jogo da rival. E, de acordo com ela, nem mesmo o pouco tempo de descanso entre sua estreia no Glory – em setembro deste ano – e a sua segunda luta pela organização irá atrapalhar seu desempenho. Com 1.75 m de altura, a brasileira muito provavelmente terá novamente vantagem no alcance, e pretende usá-la a seu favor.

“Eu prefiro (pouco tempo entre as lutas) porque ainda estou em ritmo de luta. Não consegui estudar minha adversária, não tinha muita coisa na internet sobre ela. Procuro ser sempre agressiva e ir machucando minha rival. A diferença de altura é importante porque eu tenho os braços longos, então meu golpe chega primeiro (risos)”, analisou.

Em sua estreia pelo Glory, no último dia 28 de setembro, Aline Pereira derrotou Chommanee Sor Taehiran por decisão unânime dos juízes. Ao todo, a brasileira possui seis triunfos e apenas uma derrota como profissional. Já no kickboxing amador são 21 vitórias e três reveses.

Nascido em Niterói (RJ), Neri Fung é jornalista e apaixonado por esportes desde a infância. Começou a acompanhar o MMA e o mundo das lutas no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, especialmente com a ascensão do evento japonês PRIDE.

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