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Adversário de Jon Jones exalta sua postura pré-luta: “Não fui babaca provocador”

Após ascensão meteórica, Anthony Smith enfrenta Jon Jones no UFC 235 – Diego Ribas

Até o início de 2018, Anthony Smith era um peso-médio (84 kg) sem muito brilho, daqueles que alternam derrotas e vitórias e vãoapenas se mantendo no UFC. A decisão de subir para os meio-pesados (93 kg) após ser nocauteado por Thiago ‘Marreta’, entretanto, mudou os rumos de sua carreira. Desde que chegou na categoria, foram três vitórias, o que lhe garantiu uma chance de lutar contra Jon Jones pelo título. E, uma vez desafiante,  ‘Lionheart’ decidiu evitar o ‘trash talk’ e as ofensas ao rival. Segundo ele, não cabia ser um “babaca provocador”, como está na moda, uma vez que esta postura não o representa como pessoa.

Em entrevista coletiva realizada na última quarta-feira (27) em Las Vegas (EUA), Smith declarou que não se incomoda de ser o azarão e que as casas de aposta estão apenas fazendo o seu trabalho. Assim, segundo ele, a pouca confiança do público e dos analistas em seu potencial não é um elemento motivador.

“Isso (de ser o azarão) não me incomoda mesmo. Sei que não devo dizer esse tipo de coisa, mas não ligo. Não fico irritado com as pessoas envolvidas nisso, porque é o trabalho delas dar os dados das casas de aposta. E entendo que o Jones é o melhor de todos os tempos. Então não importa o quão bem eu esteja, a essa altura, eu serei sempre o grande azarão, é assim que as coisas são. Não estou focado nisso, de provar que as pessoas estão erradas, quero mesmo é provar que eu estou certo. Que as coisas que ando dizendo conforme a luta se aproxima aconteçam no sábado”, afirmou, antes de destacar a sua própria postura antes da luta.

“Na verdade, estou bem mais relaxado do que eu achava que estaria. Porque pensei durante isso todo o camp, mas pensei: ‘Parece normal, é uma luta normal’. Imaginei que ficaria nervoso e talvez reagisse mal, mas isso realmente não está acontecendo, faz parte do curso das coisas, é mais uma luta. Acho que o jeito com que eu me postei, sem ser aquele cara babaca provocador, isso ajuda, porque não mudei quem sou, respondi todas as perguntas da mesma forma que responderia se estivesse lutando com qualquer outro oponente”, completou.

Smith também comentou de onde vem toda a sua confiança pessoal. De acordo com o americano, ter superado adversidades e adquirido experiência de vida faz com que a opinião dos outros importe cada vez menos.

“No início, quando as pessoas duvidam de você, você se questiona se isso é a verdade: ‘Eu deveria mesmo estar aqui?’. Mas aí você começa a provar que todos estavam errados. E agora eu acredito em mim mesmo porque eu já estive em tantas situações terríveis de m****, mas superei, dei a volta por cima. Sei que não importa em que situação estou, contra quem lutarei nem onde lutarei, eu acho uma solução, sempre acho”, encerrou.

Apesar de ter apenas 30 anos, ‘Lionheart’ é um veterano do esporte. Sempre ativo, Smith chegou a fazer seis lutas no mesmo ano duas vezes, o que o ajudou a formar um cartel de 31 vitórias e 13 derrotas como profissional. No UFC, foram sete triunfos e três reveses.

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