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Árbitro causa revolta no MMA ao não interromper luta com atleta inconsciente
Árbitro não interrompe luta com atleta inconsciente - Reprodução/Twitter

MMA

Lutador alvo de erro grave de árbitro relembra trauma: “Poderia estar morto”

Uma cena angustiante chocou e revoltou a comunidade do MMA no fim de março, quando o árbitro Frank Colazzo cometeu um erro grave durante um combate no evento ‘Fury FC 76’. Na ocasião, o juiz não percebeu que o atleta Gianni Vasquez estava inconsciente e deu continuidade no confronto. Apagado, o lutador foi estrangulado e recebeu uma chave de braço – antes de despertar e dar ‘os três tapinhas’. Algumas semanas após o episódio, ‘Kryptonia’, como é conhecido, relembrou o trauma vivido.

Em entrevista ao site ‘MMA Fighting’, o lutador mexicano revelou que chegou a ‘apagar’ em dois momentos diferentes diante do árbitro. Depois de ser estrangulado no triângulo por Edgar Chairez, seu rival, Gianni destacou que a mudança de estratégia do adversário, ao largar a posição e atacar seu braço pode, inclusive, ter salvo sua vida – já que o juiz, desatento, não pregou pelo bem estar do competidor. 

“Estava meio que sonhando, sendo sincero, mas ouvi a voz do meu treinador gritando: ‘Pare a luta, pare a luta’. Lembro de tudo perfeitamente. Desmaiei em dois segundos. Comecei a ‘batucar’ com meus pés e depois fui apagando de novo. Apaguei duas vezes. Quando vi o vídeo, pensei: ‘Cara, eu apaguei duas vezes na frente dele (juiz), não sei como ele não notou’. Graças a Deus ele (rival) mudou para uma chave de braço, porque poderia estar morto agora se ele não o fizesse. Se ele não muda (de posição), estaria morto ou em estado vegetativo, com algum dano cerebral. Mas graças a Deus estou aqui e vivo”, relembrou o mexicano.

Cobrança do alto escalão

Depois da grande repercussão do momento, o árbitro Frank Colazzo foi publicamente criticado pelo presidente do Fury FC, Eric Garcia. Inconformado com o que ocorreu durante seu evento, o dirigente pediu para que houvesse consequências para o juiz, e indicou até mesmo um afastamento do profissional de suas funções.

Natural do Rio de Janeiro, Gaspar Bruno da Silveira estuda jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Fascinado por esportes e com experiência prévia na área do futebol, começou a tomar gosto pelo MMA no final dos anos 2000.

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